Comitê pela Paz na Venezuela celebra os 31 anos do Caracazo

Ato Político Cultural lembrará a primeira manifestação popular contra o neoliberalismo no mundo

Um Ato Político Cultural na próxima quinta-feira (27/2), às 17 horas, no Armazém do Campo, em São Paulo, vai celebrar os 31 anos do Caracazo – a primeira manifestação popular contra o neoliberalismo no mundo. A atividade será promovida pelo Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela. Representantes de entidades que integram o Comitê – como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) – marcarão presença.

Além do ato político (entre 17 e 18 horas), a programação prevê uma série de ações culturais, que vão do artesanato à música venezuelana e latino-americana, passando pela gastronomia. Serão vendidos, por exemplo, guacamole e patacones com carne ou queijo, além de rum com rapadura.

O Armazém do Campo, inaugurado pelo MST em 2016, fica na Alameda Eduardo Prado, 499, no bairro de Campos Elíseos. Mais do que comercializar produtos originários da reforma agrária, de assentamentos populares e da agricultura orgânica, o local abriga eventos culturais e políticos do campo democrático-progressista.

O Caracazo

Em 27 de fevereiro de 1989, dezenas de milhares de venezuelanos saíram às tuas da capital Caracas para protestar contra um pacote de austeridade do governo Carlos Andrés Pérez. As grandes manifestações foram um marco da insurreição popular que, no longo prazo, ajudaria a erguer a Revolução Bolivariana (1998) liderada por Hugo Chávez (1954-2013).

“A exemplo de outros processos revolucionários, a experiência venezuelana tem suas peculiaridades, decorrentes da história e da cultura deste sofrido povo – e, mais do que isto, ela está em pleno movimento dialético”, registra o jornalista Altamiro Borges, o Miro, no livro Venezuela – Originalidade e Ousadia (). “Grosso modo, a revolução bolivariana emana da resistência ao desmanche neoliberal, expressa na rebelião popular de fevereiro de 1989, o Caracazo, e no levante militar de fevereiro de 1992, que projetou a figura do jovem tenente-coronel Hugo Chávez.”

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