Governo investe em Rogério Marinho para se aproximar do Congresso

O novo ministro do Desenvolvimento Regional é considerado pupilo do ministro da Economia, Paulo Guedes.

A urgência imposta pela dinâmica da pauta econômica no Congresso Nacional fez o presidente Bolsonaro optar pela mudança no ministério. Paulo Guedes tem feito pressão para que o governo se envolva diretamente da tramitação da “reforma” administrativa, uma das pauta consideradas prioritárias do ministro da Economia.

Segundo ele, as mudanças nas regras do funcionalismo, considerado pelo ministro “parasitas”, o governo vai “economizar” R$ 296 bilhões por ano, dinheiro que entraria na sua meta de combate ao déficit primário para dar estabilidade à rolagem da dívida pública, um custo estimado por ele mesmo em R$ 400 bilhões anuais.    

Marinho ficou marcado, ainda no governo do presidente Michel Temer, por ter sido relator do projeto de “reforma” trabalhista. A autoria do texto final pesou contra ele, que não conseguiu se reeleger deputado em 2018, mas acabou, por outro lado, rendendo um convite para participar do governo Bolsonaro.

Minha Casa, Minha Vida

De acordo com o colunista do Portal UOL Tales Faria, o fato de Marinho sempre ter tido bom trânsito no Congresso, fruto de sua boa relação nas tratativas do governo com os parlamentares, especialmente com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi o o motivo de sua indicação ao cargo.

Bem recebido pelo Congresso após a indicação, diz o colunista, o “pupilo” de Paulo Guedes já teria confidenciado a alguns senadores governistas seus principais objetivos como ministro. O primeiro deles seria um grande plano de habitação popular, voltado principalmente para o Nordeste do Brasil.

A forma de implementar uma nova versão do “Minha Casa, Minha Vida”, mas rebatizado, seria injetar recursos para recuperar a construção civil, conseguindo, assim, criar novos empregos para a região.