Grupo Judeus pela Democracia organiza ato contra governo Bolsonaro

A Conib (Confederação Israelita do Brasil) já havia emitido nota contra o discurso nazista do ex-secretário de Bolsonaro.

(Reprodução)

A demissão do secretário de cultura, Roberto Alvim, que copiou trechos de discurso de Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda de Hitler, não foi suficiente para conter as críticas de parte da comunidade judaica no país contra o governo Bolsonaro.

Por entender que o ex-secretário, apenas expôs o caráter autoritário do governo, o grupo Judeus pela Democracia convocou ato para o próximo dia 27, quando se comemora o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

“Qualquer pessoa mais atenta pode perceber que sempre houve certa aproximação de membros do governo Bolsonaro com a extrema direita e com posições próximas ao nazismo. Alvim apenas foi mais explícito. Por isso paga o preço. Mas não basta”, afirmou à coluna Painel (Folha de S.Paulo) Michel Gherman, colaborador do Instituto Brasil-Israel e pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos da UFRJ.

Por meio de nota, logo após a demissão de Roberto Alvim, o Observatório Judaico de Direitos Humanos no Brasil considerou uma decisão certa, mas insuficiente. A entidade pediu uma revisão da política cultural que é totalitária e “calcada em uma visão única”, além da profunda vinculação com a religião.

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