Após três meses de alta, produção industrial desaba 1,2%, aponta IBGE

As quatro grandes categorias econômicas da indústria tiveram queda

A produção industrial brasileira caiu 1,2% em novembro de 2019, perante o mês outubro, na série com ajuste sazonal da Pesquisa Industrial Mensal (PIM). O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (10) pelo IBGE. Além de interromper uma sequência de três meses de avanço, o desempenho do mês veio pior do que o esperado pela mediana das projeções de 33 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de baixa de 0,7%. As estimativas iam de aumento de 0,2% a um recuo de 1,4%.

O setor havia crescido em agosto de 2019 (1,2%, dado revisado de 1,3% divulgado anteriormente), setembro (0,2%, revisado de 0,3%) e outubro (0,8%, sem alteração). Em relação a novembro de 2018, a produção industrial registrou baixa de 1,7%. A expectativa mediana das instituições e consultorias ouvidas pelo Valor Data era de queda de 0,8%.

Dessa forma, faltando apenas a leitura de dezembro para concluir os dados do ano, a produção industrial acumula queda de 1,1% em 2019. Em 12 meses, a baixa ficou em 1,3%. Na média móvel trimestral, a queda foi 0,1%.

De outubro para novembro, as quatro grandes categorias econômicas da indústria tiveram queda: bens de consumo duráveis (-2,4%); bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-0,5%); bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (-1,3%); e bens intermediários, isto é, insumos industrializados usados no setor produtivo (-1,5%). Dezesseis das 26 atividades industriais pesquisadas tiveram queda na produção, com destaque para produtos alimentícios (-3,3%), veículos automotores (-4,4%), indústrias extrativas (-1,7%), outros produtos químicos (-1,5%) e máquinas e equipamentos (-1,6%).

Por outro lado, dez atividades tiveram alta e evitaram um desempenho mais negativo da indústria, com destaque para produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (1,6%), impressão e produção de gravações (24%) e produtos de borracha e material plástico (2,5%).

Da Redação, com Valor Econômico e Agência Brasil

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