Equador rompe acordos de saúde com Cuba

Numa entrevista coletiva no Palácio Carondelet em Quito, a ministra do Governo do Equador, María Paula Romo, disse que encerraram os acordos de cooperação entre os ministérios da Saúde de seu país e Cuba.

Médicos cubanos

Para esses acordos assinados desde 2013, mais de 400 profissionais do setor médico da Ilha trabalham em locais que pretendem ser substituídos no futuro por médicos equatorianos, segundo o El Universo. Os acordos foram assinados durante uma visita a Cuba pelo ex-presidente Rafael Correa.

Recentemente, na Assembleia Geral da ONU, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, esclareceu que os programas de colaboração, submetidos a ataques patrocinados pelo atual governo dos Estados Unidos e com eco brasileiro, “atingem as comunidades mais carentes, com base no senso de solidariedade e na disposição voluntária e gratuita de centenas de milhares de profissionais cubanos, que são executados com base em acordos de cooperação assinados com os governos desses países e desfrutam, há muitos anos, do reconhecimento da comunidade internacional, desta Organização e da Organização Mundial da Saúde como uma amostra exemplar de Cooperação Sul-Sul”.

Em 4 de novembro, no Encontro Anti-imperialista de Solidariedade, pela Democracia e Contra o Neoliberalismo, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel destacou que essa solidariedade internacional, de valor humano inquestionável, surgiu com a ideia de Fidel. “Já existem mais de 400.000 profissionais de saúde em Cuba que prestaram serviços em 164 países. Neste minuto, mais de 29.000 atendem às populações vulneráveis de 65 nações”, afirmou.

Em um tweet do vice-presidente do Conselho de Ministros, Roberto Morales Ojeda, ressaltou que em 56 anos de colaboração médica cubana, mais de 1,8 bilhão de pacientes foi tratado por nossos profissionais de saúde, acrescentando que nesse período somam mais de 348 milhões as intervenções cirúrgicas realizadas em dezenas de países onde a Ilha coopera desde 21 de maio de 1963 com a missão médica que chegou à Argélia.