Ciro vê como grave ações de Bolsonaro para acobertar filho senador

Dois movimentos recentes de Bolsonaro sobre o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), transferido para o Banco Central (BC), e desautorização para o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, escolher o chefe da superintendência da PF no Rio de Janeiro, foram analisados como ações no sentido de acobertar as investigações que envolvem seu filho o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Ciro Gomes - Foto: Guilherme Santos/Sul21

Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro quando era deputado estadual no Rio, teria movimento de forma atípica R$ 1,2 milhão de recursos dos salários dos servidores do gabinete do parlamentar. Queiroz também é acusado de envolvimento com milícias naquele estado.

O vice-presidente do PDT e ex-candidato à presidência da república, Ciro Gomes, classificou as ações como “muito grave”.

Segundo ele, o Coaf está sendo submetido ao esforço de acobertamento da corrupção da turma Bolsonaro.

“Interferir na estrutura da polícia federal para acobertar falcatruas do filho. Jair Bolsonaro se revelando!”, escreveu no Twitter.

“As duas últimas para acobertar a notória indicação de corrupção de seus filhos (caso Queiroz) e o primeiro para transformar em pessoal e familiar seus interesses entreguistas na embaixada do Brasil nos Estados Unidos”, afirmou, referindo-se a indicação do outro filho Eduardo Bolsonaro para embaixador do Brasil nos EUA.

Ciro Gomes diz que o presidente age por motivação “miúda e familiar”. “Bolsonaro está avançando contra os três mais profissionais, técnicos e respeitados mundialmente núcleos do serviço público brasileiro: o Itamaraty, a Receita Federal e a Polícia Federal.