Luciana: A Cultura está no front das políticas públicas de Pernambuco
Mais de três mil artistas circulando pela cidade, cerca de 500 apresentações em sete palcos, igrejas e praças, um público estimado em 600 mil pessoas fizeram Garanhuns, no Agreste do estado, pulsar durante os dez dias do 29º Festival de Inverno (FIG), que terminou no dia 27 de julho. A Cultura pernambucana, especialmente, se expressou não só na música (pop, forró, instrumental, erudita), mas também na Literatura, Artesanato, Dança, Teatro, Cinema, além de mesas-redondas, debates e palestras.
Publicado 01/08/2019 17:12 | Editado 04/03/2020 16:55
Presente à coletiva de encerramento do festival, a vice-governadora e presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, destacou o fato de o FIG ter se tornado “quase” uma política de Estado, lembrando que hoje, em sua 29ª edição, o festival integra a agenda cultural não só de Pernambuco, mas do Brasil. “Com esse esforço (realizar o FIG) em um momento como este nós procuramos fazer com que Pernambuco, como diz o governador Paulo Câmara, não seja contaminado por esse ambiente nacional de tanto ceticismo, desesperança, intolerância e obscurantismo”, disse.
Para Luciana, “a melhor maneira de reafirmar a esperança e dar perspectiva às pessoas é afirmar a identidade do nosso povo, da nossa Nação, da nossa História, e a Cultura tem isso como basilar ao afirmar a expressão de todas essas linguagens reunidas no FIG”, explicou a vice-governadora. “Teatro, literatura, artesanato, música, artes plásticas, ou seja, uma riqueza que faz jus à dimensão, à qualidade da produção cultural e à diversidade da produção cultural de Pernambuco, que é também a afirmação da nacionalidade, da brasilidade, que se confunde com a nossa pernambucanidade”.
Momento de afirmação
Luciana chamou a atenção também para o fato de, além do impacto na economia concreta da cidade de Garanhuns, “o FIG tem um impacto subjetivo muito importante neste momento para nós exercitarmos a autoconfiança, de afirmação de um caminho, pois é por meio da nossa cultura que podemos refletir o pensamento avançado da sociedade. Neste momento em que se nega a Ciência e a Cultura, em que se tenta reescrever a História, Pernambuco está dizendo que a Cultura está na ala de frente, está no front, das políticas públicas do estado”, assegurou.
Ao corroborar a repercussão “inconteste” do 29º FIG, Luciana destacou o desempenho da equipe organizadora do evento, “um processo feito por muitas mãos”, que teve a participação de diversas secretarias estaduais direta ou indiretamente ligadas à Cultura.
Ferramenta digital
Totalmente concebido e realizado pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundarpe, em parceria com a Prefeitura de Garanhuns e apoio da Cepe Editora, Sesc e Sebrae, o FIG lançou este ano uma ferramenta que permitirá que a gestão avalie seus impactos e promova melhorias para sua 30ª edição, em 2020. A pesquisa é fruto de parceria da Secult-PE/Fundarpe com o App Colab.
Do Recife, Audicéa Rodrigues