Contee defende mais candidaturas ligadas à educação nas eleições 2020 

Terminou neste sábado (27) o 3° Congresso Extraordinário da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), nomeado Conatee Messias Simão Telecesqui. Delegados de todas as regiões do País aprovaram o Plano de Lutas, moções e uma avaliação do momento político do País. “São documentos que avançam na organização e potencializam a luta da categoria”, avaliou Gilson Reis, coordenador geral da entidade. As eleições também entraram em pauta.

Conatee Gilson Reis - Leandro Freire (Treemedia)

Gilson lembrou que “a educação tem grande capacidade de mobilização, organização e de luta. Já estamos em processo para o Congresso de 2020, quando teremos a grande tarefa de atuar nas eleições para vereadores e prefeitos, para garantir a representação da educação nos executivos e legislativos em disputa”. Segundo o coordenador geral, “a Contee é fundamental para a construção de uma sociedade democrática e livre. Lula Livre e à luta, companheiros!”.

Durante a programação do Congresso, o assessor parlamentar Flávio Tonelli Vaz relatou o andamento da reforma da Previdência no Congresso. “A proposta de reforma de Bolsonaro é mais danosa do que a do Temer, em suas ações e efeitos. Seu projeto é de uma nação de idosos sem futuro. Desconstrói a Previdência Social e as conquistas da Constituição de 1988”, afirma. Segundo Flávio, a reforma tem três “pontos básicos”: “a capitalização, a desconstitucionalização da Previdência (saem os direitos, entram as carências e antidireitos); e uma pretensa economia estimada de gastos previdenciários de cerca de R$ 1,16 trilhão em dez anos”. O primeiro ponto foi derrotado, ao não passar pela Câmara

O assessor denunciou o discurso de que a reforma combate privilégios (84% dos cortes atingem os mais pobres); o falso déficit da Previdência, que é, na verdade, o que o Executivo teria de aportar, a contribuição estatal, uma das menores do mundo; e, ao contrário da propaganda bolsonarista, a reforma não salva a economia. Flávio abordou como a reforma afeta professores e profissionais da educação, que continuam sendo prejudicados e com muitas regras ainda não definidas.

O Conatee debateu também o fortalecimento da Confederação, passando por sua organização sindical e sustentação financeira, além da reforma estatutária da Contee. Os trabalhos foram abertos pela coordenadora da Secretaria-Geral, Madalena Guasco, que traçou um histórico da Contee, do início das atividades, passando pela atuação nacional na construção de política públicas até o cenário atual, de luta contra o neoliberalismo, em prol da democracia e em defesa dos direitos dos trabalhadores e da educação pública. “Se nestes 30 anos a Contee teve papel fundamental, esse papel dobra agora. Porque a luta política se dá no âmbito nacional”, destacou.

O histórico foi seguido pelos coordenadores da Secretaria de Assuntos Estratégicos e Banco de Dados, Fábio Eduardo Zambon, e da Secretaria de Organização Sindical, Oswaldo Luís Cordeiro Teles, que voltaram a defender a necessidade de articulação e atuação coletiva. “O principal ponto que temos que discutir é a nossa representatividade. É preciso fazer o enfrentamento ao capital, de forma orgânica, e a Contee deve ser o núcleo para que façamos isso melhor”, defendeu Oswaldo.

Com informações do Portal da Contee