Parlamento cubano tem jornadas históricas

Foi um exercício parlamentar que contou com uma ativa participação do presidente, Miguel Díaz-Canel, inclusive no debate e posterior aprovação dos projetos de lei Eleitoral, de Símbolos Nacionais, e de Pesca.

É a primeira vez que o legislativo aprova três legislações em uma mesma sessão, que também elegeu pelo voto secreto e direto os membros da Comissão Eleitoral Nacional, cujos titulares foram propostos pelo governante, conforme com a Lei Eleitoral.

Assim considerou o presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular, Esteban Lazo, que enfatizou o caráter popular desse órgão, integrado por deputados 'eleitos pelo povo e para o povo'.

Foi a primeira convocação da Assembleia depois de aprovar-se em fevereiro a nova Constituição da República, que outorgou seis meses ao órgão legislativo para a eleição do órgão encarregado de organizar e supervisionar eleições, referendos e outros atos de votação popular.

As jornadas parlamentares tiveram igualmente uma forte ênfase nos temas econômicos, sendo notícia que o Produto Interno Bruto teve crescimento em 2018 de 2,2 por cento, quando o plano era um modesto 1,2 por cento de aumento.

O ministro da Economia, Alejandro Gil, anunciou a marcha da economia no primeiro trimestre deste ano, onde crescem as exportações, ainda que fique muito por conquistar a respeito.

Por sua vez, o presidente Miguel Díaz-Canel sublinhou em suas intervenções as difíceis condições que impõe a Cuba o bloqueio econômico, financeiro e comercial que por quase 60 anos é aplicado pelos Estados Unidos.

O governante enfatizou que a política de cerco se intensifica com as últimas medidas anticubanas da Casa Branca que proíbem as visitas de turistas, cruzeiros, iates e aviões privados estadunidenses a Cuba.

Quando Cuba esperava este ano um milhão de turistas em cruzeiros, a cifra final ficará na metade devido às sanções de Washington, repercutiu na Comissão de Assuntos Econômicos, uma das 10 com que conta o Parlamento.

Informou-se também que pela mesma causa a atividade turística decresceu em junho 20,33 por cento.

Mas Díaz-Canel assegurou que o assédio estadunidense não tira o sonho dos cubanos, empenhados em construir um socialismo próspero e sustentável.