Famílias cobram entrega imediata do Residencial Luiz Gonzaga

Um protesto será realizado nesta segunda-feira, às 15 horas, em frente à Caixa Econômica da Avenida Santos Dumont, 2772. O “HABITE-SE” do imóvel já foi expedido pela Prefeitura de Fortaleza e as famílias têm pressa para se mudar.
 

Protesto na Caixa
Famílias de pelos menos dez bairros de Fortaleza realizam a partir das 15h desta segunda-feira, 1° de julho, em frente à agência da CEF localizada na Avenida Santos Dumont, 2772, no bairro Aldeota, um ato de protesto para cobrar a entrega imediata das chaves do Residencial Comunitário Luiz Gonzaga, no bairro Ancuri.
 
O Residencial é o primeiro empreendimento do Minha Casa Minha Vida – Entidades – em Fortaleza e o maior do Brasil. Ao todo, são 1.760 famílias cadastradas para receber os imóveis.
 
As entidades responsáveis pelo empreendimento, Habitat para a Humanidade, Ceará Periferia e Federação de Bairros e Favelas, acompanharam a vistoria das unidades pelos futuros moradores, na última semana. O documento “Habite-se”, atestando que o empreendimento está pronto para ser habitado, também já foi expedido pela Prefeitura de Fortaleza.
 
Entrega atrasada, famílias despejadas
 
O Residencial Luiz Gonzaga deveria ter sido entregue ainda em dezembro do ano passado, de acordo com o cronograma da obra. Os moradores cobram a imediata entrega das chaves. Muitos sofreram despejo por não ter mais condições de pagar aluguel. Outros querem fazer a mudança o mais rápido possível para que as crianças e jovens que integram as famílias beneficiadas possam adaptar a rotina escolar ao novo endereço.
 
Uma conquista da luta organizada por moradia
 
O Residencial Comunitário Luiz Gonzaga é uma conquista dos movimentos de luta por moradia de Fortaleza. Construído com recursos do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS), é responsabilidade das entidades Federação de Entidades de Bairros e Favelas de Fortaleza, Habitat para a Humanidade e Cearah Periferia, em parceria com Governo do Estado do Ceará e Prefeitura de Fortaleza. A liberação, controle dos recursos e acompanhamento da obra fica com a Caixa Econômica Federal. A obra foi iniciada em 2016, após liberação de recursos pelo Governo Federal, pela então presidenta Dilma Rousseff.