Trump admite ter autorizado e cancelado ataque ao Irã

O presidente dos EUA admite ter autorizado e desistido de ataques concertados a alvos iranianos.

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Através das redes sociais Donald Trump afirmou não ter "pressa" em responder militarmente ao Irã, acrescentando que cancelou os três ataques, que deveriam ter acontecido na noite de quarta-feira, 10 minutos antes de estes serem lançados porque o informaram de que eles fariam 150 mortos, o que é desproporcionado face ao abate de um drone.

Teerão tinha recebido, de Trump, uma mensagem, entregue em Omã, durante a madrugada, a avisar sobre a eminência de um ataque, na qual o chefe de Estado frisava ser contra a guerra e dizia querer negociar. Uma Informação de autoridades iranianas, não especificadas, à agência de notícias Reuters.

Precaução

A crise entre Irã e EUA agudizou-se quando Teerão abateu um drone norte-americano dizendo ter "provas irrefutáveis" de que este tinha violou o seu espaço aéreo, dizia-se mesmo pronto a apresentar o caso na ONU. O Pentágono publicava, entretanto, mesmo um mapa da trajetória do drone, e garantia que este estava sobre águas internacionais.

Depois deste incidente o vice-chefe da Diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, enviou uma mensagem a Washington, através do embaixador da Suíça em Teerão, dizendo que o seu país "não está à procura de guerra". Deixava um aviso aos EUA "contra qualquer ação imprudente na região", dizendo que "defenderá, resolutamente, o seu território contra qualquer agressão", mas acrescentava que se houve um erro, do lado iraniano, não terá sido deliberado.

Do lado europeu, Donald Tusk prefere manter-se à margem do conflito:

"Acompanhamos a situação de perto e estamos muito preocupados com o que está a acontecer na região do Golfo, mas não há, pragmaticamente, razão para preparar declarações europeias, específicas, sobre a matéria. Acho que nossa posição é de grande responsabilidade."

Tensão

Como medida de precaução, a Administração Federal de Aviação dos EUA proibiu as companhias aéreas americanas de sobrevoarem o espaço aéreo controlado por Teerão "até novo aviso". Restrições justificadas pelo "aumento das atividades militares e da tensão política na região", que representam um risco. A KLM também decidiu deixar de sobrevoar o Estreito de Ormuz, ponto de passagem estratégico de petróleo na região do Golfo.

A tensão entre Irã e EUA aumentou desde que Trump decidiu retirar o seu país do acordo nuclear para o Irã, e avançou com novas sanções contra o país.

A informação é da Euronews