Direção do PDT vê democracia ameaçada por ações do governo Bolsonaro

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, diz que o partido está preocupado com a atual situação do país, sobretudo em relação aos ataques que estão sendo feitos às instituições democráticas e as organizações sociais.

Direção do PDT - Divulgação

"Todos nós estamos muito preocupados com as ameaças da sociedade democrática, as ameaças contra as organizações sociais. A gente vê um governo raivoso, alimentado pelo ódio, pelo desmonte do Estado, para trazer prejuízo ao trabalhador, para trazer prejuízo ao aposentado, e o PDT vai ser uma trincheira de luta ao lado desse povo mais sofrido”, afirmou Lupi.

Após a reunião da direção nacional da sigla, que terminou nesta terça-feira à noite (28), na sede em Brasília, Lupi diz que o partido pretende ser aproximar mais da população para falar sobre o projeto nacional desenvolvimentista da sigla.

O vice-presidente do partido, Ciro Gomes, ex-candidato a presidente, falou sobre as manifestações pró-Bolsonaro do último domingo (26).

“Nós sabemos das contradições da vida política brasileira. Nós sabemos das distorções do judiciário brasileiro. Nós sabemos das absolutamente preocupantes e renitentes distorções da vida parlamentar do Brasil. Mas, em nenhuma hipótese, o caminho para resolver essas contradições é a violência, o ódio, a truculência, fechar o Congresso Nacional, fechar Supremo Tribunal Federal, que foram expressões bastante graves feitas nas ruas do Brasil por compatriotas nossos, equivocados”, disse Ciro.

Prosseguiu: “Nós não toleraremos que o senhor Jair Bolsonaro, incompetente, despreparado, sem projeto e sem proposta, transfira as culpas e as responsabilidades que são dele, para essas eventuais distorções que aqui e ali nos preocupam”.

Quanto à proposta de reforma da Previdência, Ciro ressaltou o seu aspecto negativo para a população assalariada, que todo o projeto prejudica, principalmente, os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos.

“Se ela (Reforma da Previdência] ainda tem chance de andar, é porque boa parte muito conservadora do Congresso, que é a turma dele, é que está sustentando a possibilidade disso. E aí vem, agora, inventar, é para entupir o vazio de propostas, o desemprego galopante e a brutal falta de inteligência estratégica, que um oportunista mentiroso se elegeu fazendo e, agora, não sabe o que entregar”, disparou.