Jardins de Burle Marx no Recife terão Plano de Gestão e Conservação 

Nesta quarta-feira (29), o Comitê de Jardins Históricos Burle Marx, da Prefeitura do Recife, promove Audiência Pública para discutir o Plano de Gestão e Conservação do conjunto arquitetônico e urbanístico formado por seis praças cujos projetos paisagísticos foram elaborados pelo arquiteto e paisagista Roberto Burle Marx. Por sua importância patrimonial para a cidade, o estado e o país, os espaços foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2015. 

Jardins de Burle Marx no Recife terão Plano de Gestão e Conservação - Divulgação

O encontro acontecerá a partir das 14h, no auditório do Parque Estadual de Dois Irmãos, no bairro de Casa Forte, Zona Oeste do Recife, e vai tratar das regras para a manutenção e conservação das praças de Casa Forte, o primeiro jardim público idealizado por Burle Marx, em 1934; Euclides da Cunha (Madalena); Derby; Salgado Filho (Aeroporto); Faria Neves (Dois Irmãos); e da República/ Jardins do Palácio do Campo das Princesas. A entrada é gratuita.

“Juntos, sociedade civil, entidades da área de Urbanismo, Comitê de Jardins Históricos Burle Marx e Prefeitura do Recife, vamos discutir e criar um plano de manejo para cada um dos seis jardins idealizados pelo paisagista, hoje espaços tombados na cidade”, afirma Janaína Granja, coordenadora do Comitê (saiba mais sobre o colegiado abaixo).


Praça de Casa Forte

“O Plano de Gestão contempla a manutenção dos espaços, com geração e disposição adequada de resíduos sólidos, acessibilidade, iluminação e manutenção de mobiliário e vegetação, além da utilização dos espaços como locais de contemplação e educação ambiental, com gestão participativa e articulada através de monitoramentos”, adianta Janaína Granja.

Segundo Hélvio Polito, consultor e coordenador do projeto que será discutido na Audiência Pública, o plano pode e deve ser referência para outros espaços públicos do Recife. “Cada Jardim tem história e situação própria. Teremos que fazer os planos de manejo de cada um, tendo como base o estabelecido no Plano de Gestão dos Jardins históricos de Burle Marx no Recife”, destaca.

Comitê de Jardins Históricos

O Comitê de Jardins Históricos Burle Marx foi instituído em outubro de 2018 através do Decreto 31.853 e engloba 19 entidades. Coordenado pelo Gabinete do vice-prefeito junto com a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, o Comitê é formado por CAU-PE, Emlurb, Iphan; Fundarpe, IAB, Laboratório da Paisagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pelas Secretarias municipais de Mobilidade e Controle Urbano; Planejamento Urbano e Turismo, Esportes e Lazer.


Comitê Burle Marx. Ao fundo, à esquerda, a coordenadora Janaína Granja

O Comitê é responsável por elaborar iniciativas para celebrar datas comemorativas em torno de Burle Marx; atuar em educação patrimonial e acompanhar a elaboração e operacionalização dos Planos de Gestão dos Jardins Históricos. A proposta do Comitê é de que, como se tratam de praças com peculiaridades e biomas distintos, cada jardim histórico tenha seu próprio plano de manejo, que será elaborado a partir da aprovação do Plano de Gestão e Conservação. Em seguida, o documento segue para aprovação da PCR e execução pela Autarquia de Limpeza e Manutenção Urbana (Emlurb).

Burle Marx no Recife

Em 2015, o Iphan promoveu o tombamento de seis jardins públicos idealizados pelo paisagista Burle Marx, que são objetos do Plano de Gestão e Conservação que será debatido amanhã. O Decreto Municipal Nº 29.537/ 2016 classifica como Jardins Históricos de Burle Marx, todos os 15 (quinze) espaços públicos vegetados (praças, jardins, largos e áreas verdes) projetados pelo paisagista, que passaram a integrar a categoria específica de Unidades de Equilíbrio Ambiental – UEA do Sistema Municipal de Unidades Protegidas do Recife – SMUP Recife.

Do Recife, Audicéa Rodrigues