MDM debate a tragédia de Brumadinho

Dentro de seu ciclo permanente de debates sobre temas de interesse social, o Movimento por Direito a Moradia (MDM) pautou em reunião do dia 10/02, no Núcleo do Projeto Guarapiranga, a questão do rompimento da Barragem de Brumadinho/MG. 

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Para ajudar na compreensão desse tema, o movimento convidou os companheir@s do MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens, que desde o final do anos 70 busca organizar as famílias que sofrem por conta destas grandes obras, que em geral não respeitam e não dialogam com o povo que será afetado.

Beatriz e Dener, integrantes do MAB relataram que este é o segundo acidente de grandes proporções, causado pela mineradora Vale do Rio Doce – o primeiro foi o de Mariana, ocorrido três anos atrás, na barragem de Fundão – e que no caso de Brumadinho, gerou danos materiais, humanos e ambientais incalculáveis. Foi como se os grandes capitalistas da mineração não tivessem aprendido nada com a primeira tragédia e continuassem a brincar com a vida de milhares de trabalhadores, como se não tivessem valor algum, além da destruição do meio ambiente.

Para a Coordenadora Geral do MDM – Nilda Neves, “o Movimento abre esse debate e pretende acompanhar, junto com a FACESP, as iniciativas do MAB para esclarecer o acidentente de Brumadinho, assim como, considera importante e oportuno discutir as barragens existentes no Estado de São Paulo e na Capital, como a Billings e a Guarapiranga que precisam apresentar urgentemente para a sociedade, qual é o seu plano de segurança”. Segundo os integrantes do MAB, “já esta sendo planejado para 25/02, na ALESP – Assembléia Legislativa de São Paulo, uma audiência pública, para esclarecer o assunto e cobrar as medidas cabíveis.