Maduro diz que sanções custaram US$ 20 bilhões à Venezuela em 2018

As sanções internacionais contra a Venezuela custaram ao país sul-americano 20 bilhões de dólares em 2018, disse o presidente Nicolás Maduro em entrevista ao jornalista Ignácio Ramonet. A entrevista foi transmitida nesta terça-feira (1) na rede Venezolana de Televisión.

Maduro entrevista - Divulgação

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, concedeu no último dia 27 de dezembro, no Palácio de Miraflores, uma entrevista ao jornalista espanhol Ignacio de Ramonet, divulgada pelo Ministério do Poder Popular para Comunicação e Informação. Na conversa, Maduro disse que "são colossais, perdas multimilionárias. Eles nos impedem de comprar produtos em todo o mundo: alimentos, medicamentos, insumos". 

A fraca economia da Venezuela está sofrendo com um embargo financeiro e além, Maduro acrescentou: "É uma verdadeira perseguição, uma perseguição de contas bancárias, de negócios da Venezuela em todo o mundo, de comércio, de compras".

O presidente disse que a Venezuela tem a capacidade de superar os obstáculos, graças aos abundantes recursos naturais e aos esforços do país para aumentar sua produção de petróleo, ouro, diamantes, coltan, ferro e aço.

A única maneira de a Venezuela resistir à perseguição política e econômica é "produzindo riquezas", disse Maduro.

Os Estados Unidos impuseram várias sanções à Venezuela, incluindo a proibição de transações da moeda digital da Venezuela e a proibição da importação de ouro do país sul-americano.

Na entrevista, Nicolás Maduro também disse que as declarações de países da região e da Europa, em que afirmam que retirarão seus embaixadores para ignorar seu novo mandato, não impedirão sua posse em 10 de janeiro. "O povo decidiu e vamos cumprir com o povo, não há possibilidade de que qualquer governo diga alguma palavra do exterior para conhecer, reconhecer ou ignorar a legitimidade democrática do governo que presidirei de 10 de janeiro de 2019 a 10 de janeiro de 2025 ", disse o chefe de Estado.

Em 6 de dezembro, o presidente da Colômbia, Iván Duque, disse que pelo menos 15 países latino-americanos poderiam retirar seus embaixadores e equipes diplomáticas da Venezuela depois de 10 de janeiro.

Perguntado sobre sua percepção em relação ao futuro governo brasileiro, Maduro qualificou a nova gestão como um retorcesso entreguista: Para ele, “com a chegada do governo de extrema-direita neofascista de Jair Bolsonaro ao poder, praticamente entregaram em uma bandeja de prata o que significa o Brasil na América do Sul, na América Latina, às transnacionais estadunidenses. Realmente é um processo triste de retrocesso”.

Com informações da Xinhua