Sakamoto: Se Queiroz queria ganhar tempo, resultado vai ser o inverso

O jornalista Leonardo Sakamoto questiona, com estilo e ironia, a entrevista de Fabrício Queiroz ao SBT Brasil. Para Sakamoto, as declarações do amigo da família Bolsonaro, pouco convincentes, serviram para aumentar ainda mais a desconfiança que ronda o imbróglio de sua atípica movimentação financeira. "Ou ele acredita que a população é tapada ou encontramos um Fernando Pessoa reencarnado – que finge tão completamente, que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente", afirma o jornalista.

Entrevista de Fabrício Queiroz para o SBT - Foto: Reprodução

Em artigo publicado nesta quinta-feira (27) em seu blog, Sakamoto aponta uma incoerência inexplicável na narrativa do ex-assessor, que tem faltado a todas as convocações para prestar depoimento feitas pelo Ministério Público: (…) "como em um episódio de "Além da Imaginação" [Queiroz] fugiu do MP e optou por falar à TV a fim de dizer que o mais importante só dirá ao MP", satiriza o jornalista."Na entrevista desta quarta, disse que preferia falar ao MP, mas que geria os recursos da família, justificando os depósitos de sua mulher e filha, que também trabalhavam para o filho do presidente eleito, em sua conta. Quando a repórter Débora Bergamasco perguntou o porquê de também ter recebido de outros funcionários do gabinete, afirmou que "em respeito ao MP" prestaria os esclarecimentos à instituição", arremata Sakamoto.

Na avaliação do jornalista, "se Queiroz queria ganhar tempo com a entrevista, o resultado vai ser o inverso, pois o que ele apresentou deixou mais dúvidas do que respostas."

Sakamoto conclui o artigo ponderando que "diante de tudo o que foi apresentado até agora, inclusive a entrevista desta quarta, a impressão é que a única frase realmente esclarecedora foi "eu faço dinheiro". Nisso, parece que há um majestoso consenso."

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