Geraldo Azevedo admite engano e pede desculpas ao general Mourão

O cantor Geraldo Azevedo afirmou durante um show que o vice de Jair Bolsonaro, o general Hamilton Mourão, tinha sido um de seus algozes quando esteve preso a primeira vez, em 1969. Mas nesta terça-feira (23), o artista admitiu que houve um equívoco e pediu desculpas porque, segundo ele, Mourão não foi um de seus torturadores.

Geraldo Azevedo - Foto: Divulgação

Porém, Geraldo Azevedo afirmou novamente sua defesa à democracia e disse acreditar que a chapa Bolsonaro e Mourão representam o oposto. Em nota, se desculpou pelo “transtorno causado pelo equívoco e reafirmou sua opinião de que não há espaço no Brasil de hoje para a volta de um regime que tem a tortura como política de Estado e cerceia a liberdade de imprensa”.

Após ser acusado de ter torturado o artista, Mourão se defendeu dizendo que em 1969, quando Geraldo Azevedo foi preso a primeira vez, durante a ditadura militar, ele ainda não tinha ingressado no Exército e era aluno do Colégio Militar de Porto Alegre.

Hamilton Mourão entrou em 1972 na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e se formou em 1975. É filho do general de divisão Antonio Hamilton Mourão e Wanda Coronel Martins Mourão.

Geraldo Azevedo foi preso e torturado por resistir à ditadura militar em duas ocasiões, em 1969 e em 1974.