Raquel Dodge: "Fake news não convêm ao eleitor e nem à democracia"

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se reuniu cm procuradores eleitorais e os advogados de campanha de Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) nesta quinta-feira (18) para discutir a atuação do Ministério Público nas eleições de 28 de outubro.

Raquel Dodge - Marcos Corrêa/PR

Segundo a procuradora, a disseminação de conteúdo falso nas redes sociais não convêm à democracia.

“Não é qualquer uso que se dê a essa liberdade de expressão e de manifestação que convém à democracia. Mas apenas aquela que dissemina as verdades, propostas […] Construir a democracia no Brasil é elaborar proposta de campanha, todas elas destinadas conquistar a vontade do eleitor. E o eleitor, nessa parte, é o ator principal. Ele tudo pode, mas nem tudo convém. As ‘fake news’ certamente não convêm ao eleitor e nem à democracia”, afirmou a procuradora-geral.

Dodge enfatizou ainda que uma das funções do MP é resguardar a liberdade do eleitor em expressar suas convicções políticas, de modo a garantir que sua vontade na escolha do voto seja respeitada.

“Numa democracia, não pode haver censura. Mas é preciso também não haja abuso, não haja ilícito, no modo como as pessoas se expressam, no modo como elas convencem os demais vizinhos, eleitores, apoiando determinado candidato. E também não pode haver uma cooptação viciada da vontade eleitoral”, salientou.