'Eles vão ficar nervosos', avisa Haddad ao comentar resultado da pesquisa

Fernando Haddad e Manuela d’Ávila iniciaram a agenda de campanha nesta quinta-feira (13) com uma caminhada pelas ruas de Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo.

Por Dayane Santos

Haddad e Manuela - Fernando Cavalcanti

Foi uma caminhada de cerca de 40 minutos no calçadão, onde cumprimentou apoiadores e lojistas. Em discurso no carro de som, Haddad falou sobre o resultado do levantamento do Vox Populi, divulgado nesta quinta, que o coloca em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto após oficializar a sua candidatura como cabeça da chapa em substituição a Luiz Inácio Lula da Silva, impedido por decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

“Hoje, com dois dias de campanha, já saiu uma pesquisa que pôs a gente na frente de todos os outros candidatos. No Datafolha e Ibope estamos em segundo. Eles vão ficar nervosos e nós não podemos aceitar provocação porque estamos do lado da justiça, da soberania do povo e da soberania nacional”, afirmou o candidato.

“Nós estamos do lado do Brasil. E quem está do lado do Brasil não tem que ficar preocupado porque o povo está com a gente”, acrescentou.

Haddad enfatizou que, ao longo da campanha, a aprovação ao projeto vai crescer. “Temos que ter calma. Temos que preservar a democracia, preservar o voto e com alegria no rosto, apesar da dor de não estar com o Lula aqui, mas com a alegria da vitória chegarmos no dia 7 de outubro e dar a resposta que o Brasil quer”, salientou.

No segundo dia em que figura oficialmente como candidato, Haddad voltou a denunciar a perseguição feita contra o ex-presidente. Ele lembrou que por meio de um golpe “tiraram a Dilma e tiraram o Lula de circulação”.

“Um erro grave e muito sério que estão cometendo contra a democracia. Lula foi o melhor presidente da história dessa país. Nunca ninguém superou o que o Lula fez para o povo brasileiro. E o que eles querem é que o nosso projeto não volte a Brasília”, afirmou o candidato da coligação PT-PCdoB-Pros.

Segundo Haddad, as razões desse golpe contra a democracia é “porque o nosso projeto significa inclusão, respeito ao trabalhador, dignidade ao estudante, significa o pobre na universidade e eles se incomodaram com isso”.

Haddad voltou a afirmar que apesar da prisão, Lula não é somente uma pessoa. “Lula representa um projeto e encarna um projeto. Nós todos estamos dizendo que não vamos abrir mão desse projeto”, reforçou o presidenciável.

Ele contou que ao se encontrar com Lula, na última segunda-feira (10), ele disse: “Eles vão fazer de tudo para não deixar você ser candidato. Toma a tocha e diz para o povo que você me representa (…) Lula deixou o plano de governo pronto. Na impossibilidade de disputar, contra a vontade dele, nos escolheu, a mim e a Manuela para representá-lo nesse projeto”.
 
Manuela, por sua vez, destacou que faltam poucos dias para o povo ir às urnas. “Faltam pouco mais de três semanas para a eleição. Esse é a eleição mais importante da nossa história. É a eleição que pode tirar o Brasil da crise e fazer com que a gente volte a gerar emprego com direito e garanta os nossos filhos na creche, na escola de qualidade ou da universidade. Ou pode entregar o Brasil para essa turma que retira direitos e defende o ódio como saída política”, advertiu a vice.

Ela disse que acredita na quinta vitória consecutiva do campo progressista. “Nós vamos vencer a eleição para fazer o nosso povo sonhe em ser feliz de novo com trabalho, cidadania e com direitos”, frisou.