“Eu vou quebrar o cartel dos bancos”, diz Ciro durante caminhada em SP

Em campanha na capital paulista, neste domingo (26), o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, voltou a criticar o setor bancário e os juros praticados. O presidenciável defendeu o aumento da concorrência e propôs que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil atuem estrategicamente, com a prática de juros menores.

Ciro Gome em Itaquera - Reprodução Facebook

“Eu vou quebrar o cartel dos bancos. Vou quebrar pesadamente, já no primeiro dia”, disse Ciro, que afirmou ainda que, caso seja eleito, vai promover medidas como a regulamentação de Fintechs (termo em inglês para inovações e uso de novas tecnologias para o fornecimento de serviços financeiros) e a retirada do nome dos brasileiros da lista do Serviço de Proteção ao Crédito, proposta que já anunciou anteriormente, batizada de Nome Limpo.

Segundo ele, “não se trata de dar dinheiro”, mas sim de renegociar dívidas de forma a destravar a economia. ”O projeto está pronto e se chama Nome Limpo. O brasileiro pode contar com isso: eu vou limpar o nome do brasileiro do SPC”, prometeu o pedetista durante visita a uma feira popular.

O presidenciável também rebateu quem criticou sua proposta, chamando-a de populista. Para ele, só fica contra esse projeto “quem tem horror a povo”.

“Tudo que é para pobre no Brasil, botam defeito. O Brasil dispensou mais de R$ 300 bilhões de rico naquilo que se chama Refis, que é basicamente refinanciamento das dívidas dos contribuintes empresariais com o governo”, lembrou Ciro.

“O cidadão isolado já consegue 80% de desconto [em cima da dívida], mas morre porque tem que pagar os 20% restantes à vista. Eu vou colocar o prestígio e a força do governo para fazer uma grande negociação de atacado com o crediarista”, argumentou.

Ciro também criticou adversários que têm feito promessas de campanha que chamou de “enganação”.

“Político, em véspera de eleição, é o bicho mais parecido com papai noel que existe”, ironizou, enfatizando que aposta “na inteligência do povo”.

“É só perguntar com quem está a turma do Temer. Vai todo mundo ver que a turma do Temer está entre o [Henrique] Meirelles e o [Geraldo] Alckmin. Se você é a favor das ideias do Temer, das propostas do Temer, você vota na turma do Temer. Mas se você é contra, você procura quem é contra”, acrescentou.