Luciana em reunião com PT: “Nossa estratégia é vencer as eleições”

A presidenta nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos, o vice-presidente, Walter Sorrentino, o presidente da Fundação Mauricio Grabois, Renato Rabelo, e o deputado federal Orlando Silva (SP) estiveram reunidos nesta terça-feira (17), na sede do partido em São Paulo, com a presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffman, o também senador Lindberg Farias (RJ), os deputados Paulo Teixeira (SP) e José Guimarães (CE), e Sergio Gabrielli.

Por Dayane Santos

Líderes do PT e PCdoB - Clécio Almeida

Na conversa, que tratou sobre o processo eleitoral e as possibilidades de aliança nacional e nos estados das duas legendas, Gleisi Hoffman manifestou o desejo do PT em construir formalmente uma aliança para as eleições de outubro.

“Nós viemos aqui reiterar a nossa vontade de caminharmos conjuntamente. De que o PCdoB possa estar, dentro da estratégia deles de unidade, caminhando conosco nacionalmente, seja através de um programa construído conjuntamente, pois temos muita unidade programática, mas também das alianças estaduais, que são muito fortes”, enfatizou a presidenta do PT.

A presidenta Luciana Santos, por sua vez, disse que o partido tem como centro de sua estratégia a vitória nas eleições e que a unidade do campo progressista e de esquerda é fundamental para atingir esse objetivo, por isso o diálogo.

“Para o PCdoB, o centro da nossa estratégia é vencer as eleições no Brasil pela quinta vez consecutiva. Achamos que, apesar da ofensiva da direita, é possível nós ganharmos as eleições. E para isso defendemos a unidade, uma estratégia comum”, reforçou.

Luciana disse ainda que na reunião, o PCdoB reafirmou alguns compromissos programáticos e os dois partidos trataram das alianças nos estados “numa perspectiva superar os impasses e otimizar as potencialidades de competitividade” para eleger um número expressivo de parlamentares federais.

“Tanto do PCdoB como do PT, em qualquer que seja a circunstância, isso é fundamental. Seja para a governabilidade ou para fazer a luta de resistência, se for o caso”, frisou.

Manuela d'Ávila

Gleisi reafirmou o respeito que o PT tem à pré-candidatura de Manuela d’Ávila e o “papel que ela cumpre, inclusive na mobilização de setores importantes da sociedade”, como a juventude. Ao ser questionada sobre as especulações sobre uma possível aliança, tendo Manuela como vice, Gleisi disse que seria uma articulação vista com “muita simpatia”.

“Temos muita simpatia por Manuela e por esse arranjo de tê-la na vice. Obviamente que isso não é uma decisão que se toma de momento, pois depende de uma discussão no PCdoB, já que essa é uma candidatura construída nas instâncias partidárias e também nas instâncias que o PT tem internamente e com outros partidos”, frisou a senadora.

Luciana declarou que o debate sobre a possibilidade de Manuela ser vice “não está posto hoje”. “Sempre dissemos que não somos óbice para qualquer tipo de unidade. Nós defendemos que o nosso campo possa caminhar junto. Não acontecendo isso, temos a candidatura de Manuela. Estabelecer convergências e caminhos comuns, entendendo que o PT tem a candidatura de Lula e o PCdoB tem a candidatura de Manuela D’Ávila, que está nesta cena procurando debater saídas para a crise”, disse.

Segundo Gleisi, o momento é de muita conversa e o PT ainda mantém o diálogo com o PSB e com o PR. “Essas conversas ainda não terminaram. As tratativas nem as conversas terminaram. Temos um tempo de maturação. A nossa decisão não será agora, embora a gente tenha uma reunião amanhã da executiva. A nossa decisão vai ser no início de agosto”, disse.