Executiva do PTB aprova coligação com PSDB

Mergulhado em escândalos desde que Cristiane Brasil foi nomeada ministra do Trabalho do governo de Michel Temer – e depois foi impedida de tomar posse por decisão do Supremo Triunal Federal – o PTB decidiu em reunião nesta quarta-feira (18) pela indicação de uma coligação com o PSDB em apoio ao pré-candidato tucano Geraldo Alckmin à Presidência da República.

Executiva PTB - João Ricardo/Liderança do PTB na Câmara

Enquanto o governo Michel Temer tenta dar garantias a Henrique Meirelles (MDB) de que sua candidatura ao Planalto será homologada na convenção da legenda. os aliados do governo vão pulando para fora do barco. A indicação da executiva será submetida à deliberação da convenção nacional da legenda, marcada para o próximo dia 28, em Brasília. A convenção do PSDB está prevista para 4 de agosto. E a do MDB está prevista para o dia 2 de agosto.

O chamado "centrão" também tenta buscar uma alternativa fora do governo. O estatístico Paulo Guimarães, guru publicitário do DEM, afirmou em entrevista que o mote das eleições é bater no governo Temer, que acumula um índice de rejeição recorde.

A executiva do PTB, que integra a base de apoio ao governo Temer, afirmou por meio de um documento divulgado após a reunião que o Brasil vive uma "grave crise" política, econômica e institucional prestes a se tornar uma "bomba-relógio".

Ao declarar apoio a Alckmin, a legenda fecha as portas para o apoio do MDB, deixando evidências de que as conversas entre Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) podem indicar que uma possível aliança das legendas. Temer ainda barganha porque a sigla ainda é tem o maior tempo de propaganda de rádio e TV.

Meirelles, o pré-candidato do MDB, garante que a sua candidatura é para valer. Quando foi cogitada a sua posição como vice na chapa d Alckmin, Meirelles não gostou e disse que só sairia candidato s fosse encabeçando a chapa, chagando até a afirmar que vai bancar a campanha do seu próprio bolso.

Alckmin, por sua vez, tenta turbinar a sua candidatura que não decola nem entre os seus correligionários. O ex-governador de São Paulo vem encontrando dificuldades de apoio para a sua campanha.