Retomar o caminho do desenvolvimento

 Todas as pesquisas indicam que os candidatos que participaram do Golpe e ajudaram Temer chegar ao poder obtém pífios resultados, enquanto os de oposição somam mais de 50%. Estes para garantir a vaga no 2º turno, precisam esquecer suas diferenças, priorizar o Brasil, e se unir em torno de uma só candidatura. Assim terá maior chance de vitória.

BNDES

Ganhando as eleições, sem perda de tempo, organizar um programa de reconstrução Nacional, principalmente de investimentos em grandes obras, para gerar milhões de empregos, aumentar o poder de compra, aquecer a economia e resgatar a confiança para que as empresas voltem a investir na produção e não mais no rentismo. O estado brasileiro pode e deve ser o principal indutor desse processo.

O governo brasileiro tem plena condição para isso. Temos uma reserva externa de mais de 350 bilhões de dólares. Eram 380 bilhões e o Temer já gastou 30 bilhões pagando juros. Podemos usar uns 50 bilhões para investimentos, e ainda estaríamos entre as 10 maiores reservas externas. A Petrobras, a exemplo da Statiol da Noruega, poderia fazer uma parceria para investimentos, com plena capacidade e possibilidade de rendimentos. Aliás, a Petrobras detém a 6ª maior reserva petrolífera do planeta, mas a Rede Globo, para desmoraliza-la e facilitar a sua entrega para os Americanos, como Temer já está fazendo, procura mostra-la diariamente, com dutos enferrujados jorrando propina. O Brasil que é membro do BRICS, que tem o maior banco do mundo, poderia obter empréstimos a juros baixos. O BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, poderiam voltar a financiar grandes programas habitacionais, de infraestrutura, pequenas e médias empresas, que gerariam milhões de empregos.

Já seria suficiente para uma primeira arrancada. Ao mesmo tempo seria urgente uma renegociação da dívida pública para baixar os juros, alongar os prazos e reduzir o volume, como fizeram os governos Lula e Dilma, que baixaram de 63% no governo FHC, para 29,9%, e que no governo Temer já está em torno de 57%. Urgente também seria uma reforma tributária para taxar as grandes fortunas e os grandes rendimentos na ciranda financeira, obrigando Bancos e grandes investidores aplicarem na produção e não na agiotagem.

Tomadas essas medidas, adotar um rigoroso controle da inflação, dos gastos e um combate efetivo da corrupção, nos principais ministérios e nas grandes estatais, através de frequentes auditorias, com participação do Ministério Público, OAB e outras instituições.

Retomada a confiança interna e externa o Brasil seria recolocado nos trilhos do desenvolvimento. O novo governo elegeria as prioridades do futuro, em primeiro lugar com fortes investimentos na educação e na pesquisa, para elevar o nível tecnológico, aumentar nossa competitividade e dinamizar a indústria brasileira que já chegou a 25%, hoje em apenas 10% do PIB. De fundamental importância seria revogar a Reforma Trabalhista e a PEC 95 que congelou por 20 anos os investimentos nas áreas sociais.

O Brasil, pais vasto e rico, com um povo criativo e laborioso, depende apenas de governo e políticos sérios, competentes e patrióticos, para conquistar um lugar entre as maiores potências do mundo. Pode parecer um sonho, mas um sonho possível que depende principalmente das nossas opções eleitorais.