Reconstruir o Brasil

O povo brasileiro vive grande apatia e desilusão. Pesquisas indicam que as instituições dos poderes legislativo, executivo e judiciário, pilares da democracia, estão desacreditadas. Mais de 50% da população não acredita que as eleições poderão trazer mudanças, e que será expressivo o número de votos nulos e brancos. Em recente eleição no Tocantins chegou a 52% o tal de “não votos”.

Por Aluísio Arruda*

Plataforma pre-sal - Foto: Alexandre Brum/Petrobras

Há cerca de três anos, insuflados pela mídia, pelos partidos de direita, e o judiciário, parcelas expressivas da população, destacadamente das elites e da classe média, em nome do combate à corrupção, conseguiram derrubar o governo eleito e colocaram em seu lugar Michel Temer. A promessa era por lisura e melhorias. A realidade foi bem outra. No quesito corrupção descobriu se que os que propalavam a ética eram os mais corruptos à exemplo de Aécio, Temer e sua quadrilha que se instalou no Planalto.

A situação do povo e do país piorou, mais empresas faliram, o desemprego aumentou, a violência se alastrou principalmente nas grandes cidades, os bancos e investidores passaram a aplicar na agiotagem e não na produção. As multinacionais que sempre nos exploram, aproveitaram para saquear o país, com total apoio do governo Temer, que parece disputar o título de maior entreguista do Brasil. Esses são os principais motivos da desilusão. O tiro saiu pela culatra.

Mas a frustação e a apatia só favorecem os que estão lucrando na agiotagem e no saque de nossas riquezas. Os bancos lucraram 33,5% enquanto o Brasil cresce apenas 1%. A dívida pública rende bilhões aos especuladores passando de 29% para cerca de 57% do PIB, as multinacionais abocanham nossos mais valiosos poços petrolíferos e refinarias da Petrobras, além de aeroportos, portos, rodovias, grandes empresas hidroelétricas, petroquímicas, da aviação e outras.

O povo brasileiro precisa se levantar, sacudir a poeira, dar a volta por cima, e dar um basta a tudo isso. A maior parte da população já identificou seus traidores a exemplo de Aécio, Temer, Meireles, Alkmin, Álvaro Dias e outros que propiciaram o golpe e agora obtém pífios resultados nas pesquisas eleitorais.

As eleições que se aproximam será batalha decisiva para recolocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento, na retomada dos empregos e dar um basta na entrega de nossas riquezas.

Todos, além de saber separar o joio do trigo, no caso os traidores, que nas eleições se vestem de cordeiros, analisar seu passado e suas propostas. Devemos optar por projeto diferente do atual governo, rechaçar os candidatos que dizem dar continuidade às reformas, às privatizações e a política fracassada de Temer, e apoiar aqueles que oferecem um projeto nacional de desenvolvimento, que prometem anular as medidas antipopulares como a Reforma Trabalhista, o congelamento por 20 anos nos gastos da educação, saúde, da segurança e outras necessidades sociais.

Enfim ter atenção redobrada para não cair em novas armadilhas, no canto da sereia, tipo Bolsonaro da vida.