BRICS devem acelerar esforços para paz e desenvolvimento do mundo

O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, pediu na segunda-feira (4) mais esforços coletivos dos cinco países do BRICS -Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul- para promover a paz e a estabilidade do mundo

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Wang fez o pedido na Reunião Formal dos Ministros de Relações Exteriores do BRICS, que foi presidida pela ministra das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Lindiwe Sisulu, e também contou com a participação do chanceler russo Sergei Lavrov, da indiana Sushma Swaraj, e do vice-chanceler brasileiro Marcos Galvão.

O principal tema da agenda da reunião é colocar as bases para a 10ª Cúpula do BRICS que será realizada em julho em Johannesburgo.

Em seus comentários, o chanceler chinês assinalou que neste século o mundo está passando mudanças sem precedentes.

Sob as circunstâncias, os países do BRICS devem demonstrar uma visão estratégica ainda mais ampla, esforços coletivos mais poderosos e uma vontade mais firme para assumir a responsabilidade de gerar mais bem-estar para as pessoas e dar uma maior contribuição para a paz e o desenvolvimento do mundo, disse.

Wang disse que o bloco do BRICS deve servir como motor poderoso do crescimento econômico mundial e oferecer uma força impulsionadora duradoura.

Os países do BRICS devem realizar esforços conjuntos para construir uma economia mundial aberta, opor-se ao protecionismo e unilateralismo comerciais e salvaguardar os interesses comuns e o espaço de desenvolvimento, disse.

Eles devem ser um pilar central de uma fortaleza que oferece um poderoso apoio fundamental à paz e estabilidade mundiais, enfatizou.

Em vista da situação atual, os países do BRICS devem aderir especialmente ao multilateralismo e defender os propósitos e princípios da Carta da ONU e manter a justiça internacional, disse.

Wang também pediu que os países do BRICS expandam os intercâmbios culturais e entre os povos, e promovam ativamente os intercâmbios e a cooperação com os mercados emergentes e países em desenvolvimento alheios ao BRICS, a fim de ampliar o círculo de amigos e fortalecer a influência e atração do BRICS.

Os participantes da reunião elogiaram os destacados avanços obtidos na última década da cooperação do BRICS e a importante contribuição da China para a cooperação do BRICS depois de servir como presidente no ano passado.

Sendo que o panorama internacional passa por mudanças complexas, disseram os participantes, os países do BRICS devem reforçar ainda mais a coordenação e a cooperação, aprofundar a parceria estratégica, aderir ao multilateralismo, opor-se ao unilateralismo e protecionismo e manter as normas fundamentais das relações internacionais.

Também prometeram esforços integrais para apoiar e coordenar-se com a África do Sul nos preparativos para a 10ª Cúpula do BRICS a fim de garantir seu êxito.