“A Petrobras precisa voltar a ser do país e do povo”, diz Marcelino

Na noite de ontem (terça-feira, 29), o PCdoB de Pernambuco realizou plenária com seus militantes ligados a entidades dos Movimentos Sociais, para estruturar agenda de lutas contra a atual política de ajuste de preços do gás de cozinha e dos combustíveis da Petrobras, encampada pelo seu atual presidente, o homem do "apagão de energia" da era FHC, Pedro Parente.

“A Petrobras precisa voltar a ser do Brasil e do povo brasileiro”, diz Marcelino - Matheus Lins

Segundo o presidente do PCdoB-PE, Marcelino Granja, o acordo fechado entre o governo Temer e o movimento dos caminhoneiros não contempla o interesse do povo brasileiro. Para ele, "essa absurda política de preços vai continuar, como parte do projeto que usurpou o poder no Brasil. O acordo dará solução provisória para o problema do diesel, mas deixa intocados os aumentos quase diários da gasolina, do etanol e do gás de cozinha". Ele afirmou ainda que este momento é fundamental para que os movimentos mais consequentes lutem pela demissão imediata de Pedro Parente e a mudança da Petrobrás, para aumentar a produção de combustíveis e diminuir as importações.

Marcelino também salientou que o movimento dos caminhoneiros chamou atenção para a política irresponsável de Temer e Parente para a Petrobras. No entanto, segundo ele, setores atrasados e reacionários da sociedade estão induzindo a população a acreditar que os altos preços dos combustíveis são consequência dos impostos e da corrupção. “A principal luta hoje é pela mudança da Petrobras, que precisa voltar a ser do Brasil e do povo brasileiro. A estatal precisa aumentar sua produção nas refinarias e diminuir as importações imediatamente. Só assim, os preços serão estabilizados e o povo brasileiro conseguirá pagar um preço justo pelos combustíveis".

Como resultado, a plenária apontou a necessidade de ampla participação nas atividades convocadas pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo para esta quarta-feira (30), em Suape e na Praça do Derby, em apoio e solidariedade à paralisação dos petroleiros (FUP). Foi deliberada ainda a construção de um grande movimento contra os preços dos combustíveis, com agenda e dinâmica próprias.

Do Recife, Matheus Lins