Comissão da Câmara Federal questiona reajustes da gasolina

Os sucessivos reajustes da gasolina vêm sendo questionados na Comissão de Defesa do Consumidor, da Câmara dos Deputados.

CDC da Câmara Federal questiona reajustes da gasolina

Os aumentos de preços vêm sendo questionados pelos elevados percentuais, muito acima da inflação e dos reajustes e correções salariais, pelo forte impacto sobre todos os setores da economia e ainda pelo descumprimento do Código de Defesa do Consumidor, que estabelece direito à informação clara sobre preços dos produtos.

"Os reajustes da gasolina e do gás são tantos que os consumidores sequer conseguem ter acesso à informação, o que possibilitaria ao menos uma última oportunidade de abastecer veículos pagando o 'preço antigo'", destaca o deputado cearense Chico Lopes (PCdoB), integrante da Comissão de Defesa do Consumidor, da Câmara dos Deputados.

"A falta de informação e o reajuste generalizado por todos os postos, com o mesmo percentual, a cada vez que a Petrobras anuncia novo reajuste nas distribuidoras, apontam para prática típica de cartel, outro ponto que favorece o questionamento da medida pelos órgãos de defesa do consumidor", reforça o deputado, que desde 2017 apresentou requerimentos de audiência pública sobre o reajuste, para que a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia fossem convocados a dar explicações.

"É de causar indignação enfrentar um aumento que elevou a gasolina em Fortaleza para bem perto de R$ 5,00 e, em alguns postos, para até mais do que esse preço", aponta o deputado Chico Lopes.

"Os motoristas cearenses vêm sendo surpreendidos, neste mês de maio, por mais e mais aumentos da gasolina, de forma totalmente desproporcional ao atual momento de crise e de arrocho vivido pelo cidadão comum", acrescenta o deputado.

Temer, o consumidor e a cortina de fumaça

Chico Lopes destaca que Michel Temer, ao assumir o poder, prometeu reduzir os preços e gerar empregos. "Passados dois anos, não aconteceu nem uma coisa, nem outra. "Agora, depois inclusive de vender o pré-sal para empresas estrangeiras, ele vem com discurso fácil, cortina de fumaça, para dizer que vai tomar medidas emergenciais e baixar o preço da gasolina. Quem foi pra rua pedir a saída de Dilma porque achava cara a gasolina a R$ 2,50 que acredite nisso, se quiser", afirma Lopes.

"Vamos seguir questionando esses aumentos com a Comissão de Defesa do Consumidor, da Câmara dos Deputados, e com as entidades de defesa do consumidor, nacionais, estaduais e municipais . Não é possível que o consumidor fique à mercê desse tipo de ação, com tantos reajustes na gasolina".