Estátua de Karl Marx é inaugurada em Trier, na Alemanha

Esta obra foi na verdade doada pelo Governo da República Popular da China à municipalidade e à população da cidade alemã. Durante a cerimônia de inauguração, o vice ministro da Informação do Conselho de Estado Chinês, Guo Weimin, declarou: “A estátua presenteada pela China nesta ocasião especial é uma demonstração do nosso respeito ao grande filósofo, e é um símbolo da amizade sino-germânica”.

O Prefeito de Trier, Wolfram Liebe, por sua vez, saudou a doação da estátua como um novo elemento de atração da cidade e disse: “Este é um presente da amizade que recebemos da China mais do que propriamente uma declaração política”. E continuou dizendo: “Karl Marx formulou grandes ideias e vale a pena pensar nestas ideias”, acrescentando que neste ano teremos uma boa oportunidade de conhecer e reler seu pensamento. Karl Marx deveria ter seu lugar como um dos grandes filhos de sua cidade. Marx nasceu no dia 5 de maio de 1818 e viveu 17 anos em Trier — uma cidade do sudoeste da Alemanha perto da fronteira com Luxemburgo — antes de seguir para Bonn e depois para Berlin para seus estudos acadêmicos.

A filosofia do Século XIX é bem conhecida por suas obras como o Manifesto Comunista e O Capital. O Manifesto ele escreveu a quatro mãos com Friedrich Engels, em 1848.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em um discurso pronunciado na sexta-feira passada, disse que “Karl Marx foi um filósofo cujo pensamento sobre o futuro teve uma aspiração criativa”, e por isso a inauguração da Estátua em Trier tem um grande significado para marcar esta ocasião especial.

Esta iniciativa do Governo Chinês está concebida dentro de uma série de outras ações do Partido Comunista da China nas comemorações sobre os 200 anos do nascimento de Marx. Em um Simpósio organizado pelo Bureau Político do Comitê Central do PCCh, o presidente Xi Jinping afirmou que “Marx é o professor da Revolução do proletariado e dos trabalhadores de todo o mundo, (…) o maior pensador dos tempos modernos”, que referenciou o marxismo como expressão aberta da teoria científica que responde aos desafios da sociedade humana.

No discurso, Xi disse que “o marxismo não apenas transformou o mundo, mas mudou também a China”, nestes 170 anos desde a publicação do Manifesto Comunista. Outros acadêmicos convidados para este Simpósio também se pronunciaram, como foi o caso do presidente do instituto de Estudos Chineses da Academia de Ciências Sociais do Vietnã, Do Tien Sam, que falou sobre a aplicação do marxismo na história da China teoria “que poderá ajudar a China a se desenvolver mais ainda para tornar realidade o sonho do rejuvenescimento nacional.

Já o professor Vladimir Avtonomov, da Escola de Altos Estudos Econômicos da Universidade de Pesquisa Nacional de Moscou, afirmou que “a versão chinesa da prática marxista envolve os princípios marxistas assim como um novo pensamento teórico tal como a construção de uma comunidade de um futuro compartilhado da humanidade, refletindo a sabedoria chinesa”.

“A China desenvolveu e enriqueceu o marxismo”, disse o professor russo, atribuindo as conquistas do socialismo chinês às características próprias da aplicação do marxismo na China.