Bolívia avança na disputa com o Chile por saída para o mar

Nesta segunda-feira (19) o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que espera um “julgamento justo” da Corte Internacional de Justiça de Haia, sobre a demanda do país de ter uma saída soberana para o mar, em território que atualmente é chileno.

Evo Morales em Haia - ABI

Durante uma coletiva de imprensa em Haia, Evo afirmou que a Bolívia “tem elementos jurídicos e documentos históricos baseados no direito internacional relacionando a demanda marítima do país contra o Chile”. E pediu ao Tribunal Internacional para solucionar esta questão entre os dois países.

Desde 2008 a Bolívia disputa, em Haia, que é o principal órgão jurídico da ONU, uma saída soberana para o mar. Isso porque, o país tinha uma faixa litorânea que foi perdida durante uma guerra com o Chile e o Peru em 1879.

Um dos principais argumentos do governo de Evo, que empreendeu a disputa, é de que o modo de vida caiçara faz parte da cultura boliviana e o país deve recuperar parte do seu território ocupado militarmente pelo Chile.

No Chile, intelectuais, artistas e setores progressistas se posicionam em defesa da demanda boliviana e argumentam que o país deveria, de fato, “devolver” uma faixa do território que abra saída da Bolívia para o Oceano Pacífico.

Porém, estas vozes não ecoaram o suficiente para os dois países entrarem em um consenso sobre a disputa que está há uma década na Corte Internacional de Justiça. Nesta segunda-feira a batalha jurídica avançará mais um passo.