Nova testemunha pode ajudar na investigação do caso de Marielle Franco

De acordo com informações do portal de notícias G1, o ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Fernando Veloso, informou que além da assessora, uma outra testemunha do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) – que aconteceu na noite desta quarta-feira (14) – foi identificada. A testemunha já foi ouvida na madrugada desta quinta-feira (15).

Marielle Franco - Divulgação

O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) causou indignação pelo país. Ela foi morta na noite desta quarta-feira (14) após participar de uma roda de conversa denominada Mulheres Negras Movendo Estruturas.

Apenas uma das três pessoas que estavam no carro na hora do crime sobreviveu. A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes não sobreviveram. Só a assessora, Fernanda Chaves, sobreviveu e foi hospitalizada com ferimentos de estilhaços.

Agora, além da assessora, que prestou depoimento na madrugada desta quinta, outra pessoa foi identificada e  prestou depoimento na Divisão de Homicídios na madrugada desta quinta. Uma das hipóteses do crime, é execução, já que nada foi roubado, mas as outras possibilidades ainda não estão descartadas.

Ainda não foram divulgados os depoimentos da assessora ou da segunda testemunha.

Repercussão

Em nota, a Anistia Internacional pediu investigação imediata e rigorosa do assassinato da vereadora. "Não podem restar dúvidas a respeito do contexto, motivação e autoria do assassinato de Marielle Franco."

A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ) também se manifestou cobrando "imediata e rigorosa apuração do crime".

“A OAB-RJ não vai descansar enquanto os culpados não forem devidamente punidos. Os tiros contra uma parlamentar eleita e em pleno cumprimento do mandato atingem o próprio Estado democrático de Direito”, afirmou o presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz.

Velório

O corpo de Marielle será velado na Câmara dos Vereadores do Rio a partir das 11h desta quinta-feira (15).

Marielle Franco

Marielle foi a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016, com 46.502 votos. Nascida no Complexo da Maré, era socióloga, com mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), teve dissertação de mestrado com o tema “UPP: a redução da favela a três letras”.

Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Também coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio, ao lado de Marcelo Freixo. No primeiro mandato, Marielle era presidente da Comissão Mulher da Câmara dos Vereadores do Rio.

Marielle se apresentava como "cria da Maré" e no domingo (11), Marielle denunciou uma ação de PMs do 41º BPM (Irajá) na Favela de Acari. Segundo ela, moradores reclamaram da truculência dos policiais durante a abordagem a moradores. Ela compartilhou uma publicação em que comenta que os rapazes foram jogados em um valão. De acordo com moradores, no último sábado (10), os PMs invadiram casas, fotografaram suas identidades e aterrorizaram populares no entorno.