Em Caracas, internacionalistas defendem soberania da Venezuela

Começou nesta segunda-feira (5) a segunda edição da Jornada Mundial de Solidariedade “Todos Somos Venezuela”. O evento conta com a participação de internacionalistas de todo o mundo que vão prestar solidariedade ao país sul-americnao neste momento que está sob um ataque orquestrado pelos Estados Unidos com o apoio dos governos neoliberais da região.

Somos todos Venezuela - AVN

Durante o encontro, a emissora multiestatal Telesur conversou com muitos destes participantes para saber a impressão deles sobre o país que, segundo o monopólio midiático mundial, vive uma crise humanitária, mesmo que a ONU tenha garantido que isso não acontece.

“Nos surpreende o espírito de luta do povo”

A economista mexicana Ana Esther Ceceña destacou que a realidade na Venezuela surpreende pelo espírito lutador do povo, e isso contradiz a narrativa que tentam mostrar no exterior.

“Felizmente temos outros meios de comunicação que nos mostram que não é assim”, disse Ana Esther sobre a suposta crise humanitária pela qual a Venezuela estaria passando. Acrescentou ainda que este discurso “é parte da guerra que busca desestabilizar o país” e o povo venezuelano tem consciência disso.

“A única maneira de detê-los [os interesses esternos que tentam desestabilizar o governo de Nicolás Maduro] é com resistência, organização e outras alternativas”, disse a economista.
Já o defensor dos direitos humanos cubano, Luís Suárez, a luta na Venezuela não é só do povo venezuelano, mas de toda a América Latina e Caribe. “Estamos travando uma batalha que não é só da Venezuela, mas da Pátria Grande”, disse.

O ataivista Fernando Tello destaca a importância da jornada “Todos Somos Venezuela” como uma janela para o mundo a Venezuela tem a oportunidade de “mostrar sua realidade através dos movimentos tangíveis sem se deixar levar pela mídia internacional que é contrária à revolução”. Para o ativista, o evento é uma forma de “validar a institucionalidade democrática do governo bolivariano”.

O representante no Canadá da Frente para a Defesa dos Povos Hugo Chávez, Nino Pagliaccia, explica que esta organização fundada em 2013 promove o projeto bolivariano no mundo. “Temos a visão de Chávez da Pátria Grande. Nos dedicamos a entusiasmar os latino-americanos que vivem no Canadá e incorporá-los à luta da revolução bolivariana”.

A jornalista italiana Geraldina Golotti, por sua vez, destacou a dificuldade de “construir a revolução sem fazer uma ruptura com o modelo capitalista”. Para ela, o resultado disso são os ataques midiáticos e econômicos que o governo de Maduro vem sofrendo ao longo do último ano.