Protestos aumentam a pressão para arquivar reforma da Previdência

Os protestos contra a reforma da Previdência tomaram aeroportos, sedes do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS), paralisaram transporte e rodovias em diversas cidades brasileiras na manhã desta segunda-feira (19). A mobilização partiu das centrais sindicais em parceria com movimentos sociais. Trabalhadores rurais, Sem-teto, petroleiros, metalúrgicos, bancários e educadores são alguns dos segmentos que fortalecem os atos anti-reforma.

Por Railídia Carvalho

protestos em Curitiba contra a reforma da previdência no dia 19 de fevereiro - Gibram Mendes / Brasil de Fato

Em São Paulo e no Rio de Janeiro as manifestações contra a proposta do governo Michel Temer estão previstas para acontecer no final da tarde desta segunda, respectivamente, na avenida Paulista e Candelária. Ainda nesta segunda, às 17h, as Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular promovem ato em Brasília contra a reforma da previdência a partir das 17h.

A orientação é intensificar pelo país os atos contra a reforma na semana em que o governo Temer pressiona pela votação da Proposta de Emenda Constitucional 287/2016 na Câmara dos Deputados. Na avaliação dos trabalhadores e militantes sociais, os protestos desta semana são estratégicos para influenciar deputados indecisos.

No aeroporto de Congonhas desde o início da manhã, Adilson Araújo, presidente da CTB, afirmou que a reforma da Previdência quer destruir com o maior programa de distribuição de renda do país. “A resposta da classe trabalhadora é dizer aos deputados que se votar não vai voltar. Quem vai ser mais penalizado com a reforma é o trabalhador, o povo pobre”, declarou Adilson. Na opinião do dirigente, a unidade dos trabalhadores é o caminho para derrotar os métodos “espúrios” que o governo tem utilizado para a aprovar a reforma, como a "compra de votos com dinheiro dos cofres públicos". 

Em entrevista à rádio CUT, na manhã desta terça, o presidente da central, Vagner Freitas, comemorou as manifestações realizadas pelo país nesta segunda. “Somos vitoriosos. Temer não está conseguindo votar essa reforma porque não tem votos para aprovar a Emenda Constitucional que acaba com a aposentadoria. E não tem votos por causa das nossas mobilizações. Ganhamos o debate na sociedade, não é reforma é desmonte", completou Vagner.

Confira fotos de atos realizados pelo Brasil:

Fortaleza (CE)

Belém (PA)




Araucária (PR)

São Paulo (SP)




Salvador (BA)

Porto Alegre (RS)

Ilha Solteira (SP)




Aracaju (SE)

Delmiro Gouveia (Alagoas)

Ariquemes (RO)

Picos (PI)