Por dentro do PCdoB São Paulo: Tonhão e os Movimentos Sociais

A série “Por dentro do PCdoB São Paulo” apresenta os desafios e as prioridades dos comunistas na capital paulista, conforme o Seminário de Planejamento promovido em 20 de janeiro pelo Comitê Municipal do Partido. A cada entrevista da série, um secretário municipal apresentará, brevemente, os planos de atuação partidária em sua respectiva área. É uma maneira de você – dirigente, militante, filiado e simpatizante – ficar cada vez mais “por dentro do PCdoB”!

TONHÃO

Líder comunitário em Santo Amaro, na zona sul paulistana, Antônio Pedro de Sousa, o “Tonhão”, foi presidente distrital do PCdoB na região. Aos 48 anos, é secretário de Movimentos Sociais do Comitê Municipal do Partido desde 2009 e membro da Coordenação Executiva do MDM (Movimento pelo Direito à Moradia). Sua entrevista é a quinta da série “Por dentro do PCdoB São Paulo”.

Vermelho/SP – Qual é a importância da Secretaria de Movimentos Sociais para o PCdoB São Paulo? Por que essa área deve receber a atenção do conjunto dos dirigentes e da militância – e não apenas da própria Secretaria?
Tonhão – É uma secretaria que busca situar estrategicamente os movimentos e as entidades dirigidos por militantes comunistas. Ela orienta os ativistas para participação nas lutas de maior relevância para o povo e a cidade.

Podemos chamar quase tudo de movimento social – a luta pelo esporte e lazer, saúde, educação, cultura, meio ambiente, moradia e saneamento. Por isso, é uma área que acaba sendo transversal e exige atenção de todo o Partido.

– Como estão organizados os militantes do Partido nas lutas sociais hoje? Em que movimentos e entidades eles atuam? De que maneira a Secretaria dialoga com essas lideranças?
– Não estamos fora de nenhuma luta importante na cidade hoje – seja a luta contra o governo Dória e sua privatização desenfreada, seja a luta pelos hospitais onde há obras paradas, seja a defesa dos espaços de participação popular. Passamos por uma renovação geracional e uma transição, em que novas lideranças vão surgindo, mas ainda necessitando de acúmulo, que só o tempo traz. Por eu ser militante dessa frente e representar o PCdoB nos principais fóruns onde nossas entidades e militantes atuam, há um diálogo permanente.

– Quais são as prioridades apontadas no planejamento da Secretaria de Movimentos Sociais aprovado no Seminário? De que maneira esses encaminhamentos podem ajudar o PCdoB a se estruturar e se fortalecer mais em São Paulo?
– A síntese do planejamento da Secretaria de Movimentos Sociais é: 1) buscar ter maior protagonismo na luta de massas, com orientação partidária e inserção em espaços de fóruns, entidades e movimentos que disputam as opiniões sobre o direito a cidade, em conselhos e conferências de políticas públicas; 2) não entender o movimento como um fim em si mesmo – mas um espaço privilegiado de convívio com outras lideranças que deverão ser abordadas e convidadas a se filiarem no PCdoB, inclusive para serem candidatas.

– Neste ano de eleições gerais, o PCdoB deve lançar candidatos a deputado federal e a deputado estadual com atuação em São Paulo. Os avanços do Partido nas lutas sociais, ao longo de 2018, podem ajudar essas campanhas eleitorais?
– Todo trabalho no movimento social sempre ajuda de alguma forma. Cabe ver em quais frentes acumulamos mais e onde não ficamos nós, com nós mesmos. Penso que deveremos cada vez mais articular o seguinte tripé: trabalho no movimento social, fortalecimento do Partido e aumento de apoio eleitoral e/ou novas candidaturas.