Líder evangélico e candidato governista vão ao 2º turno na Costa Rica

O líder evangélico e deputado Fabricio Alvarado, do Partido Restauracíon Nacional (PRN), e o jornalista, cientista político e membro do governista Partido Acción Ciudadana (PAC), Carlos Alvarado, participarão do segundo turno das eleições presidenciais da Costa Rica.

eleições na Costa Rica - Reuters

O primeiro turno ocorreu neste domingo (4/2) e os resultados parciais começaram a ser divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da Costa Rica já na manhã desta segunda-feira (5/2). Com 89% das urnas apuradas, Fabrício obteve, até agora, 24,8% dos votos, seguido pelo ex-ministro do Trabalho Carlos Alvarado, que alcançou 21,6%. A taxa de abstenção ficou em 33,88%.

“A Costa Rica deixou algo claro aos políticos: nunca mais se metam com a família, nunca mais se metam com nossos filhos”, afirmou Fabricio, em mensagem enviada por meio de seus correligionários.

Segundo ele, “com nosso movimento, devolvemos a esperança nesta campanha política, a esperança de recuperar a soberania, que é a base fundamental da família, onde os valores, integridade e transparência são gerados”.

O pastor, que optou por dar a sua campanha um tom conservador, possuía somente 3% de intenções de voto, segundo uma pesquisa realizada em dezembro de 2017. Seu crescimento começou a acontecer em janeiro, quando Fabricio passou a adotar um discurso contrário ao casamento gay, tema que tem tomado conta do país desde que a Corte Interamericana de Direitos Humanos se declarou a favor da união entre homossexuais.

Por outro lado, o discurso de Carlos, de centro-esquerda, foi em torno da consolidação de uma “unidade nacional”. “Vamos ser instrumentos de construção democrática. É o que a Costa Rica está pedindo hoje. Vamos construir pontes”. Afirmou, durante seu discurso na sede do PAC, em San Pedro de Montes de Oca. Ele é favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Segundo ele, “temos que entender a conjuntura e o momento histórico que vivemos. Certamente, um próximo governo necessitará de um governo nacional. Um governo de unidade nacional. Um governo que faça isso para todas e para todos os costarriquenhos. Um governo que conduza ao diálogo, que respeite a diferença”.