Pré-candidatura de Maia deve ser oficializada em convenção do DEM

A pré-candidatura do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), à Presidência da República será feita oficialmente na convenção do DEM, marcada para 28 de fevereiro. É o que afirma ACM Neto, prefeito de Salvador e futuro presidente da legenda a partir de fevereiro. O líder da da sigla na Câmara, Efraim Filho (PB), também confirmou a informação em entrevista ao Correio Braziliense.

Temer Maia e Eunicio - Ueslei Marcelino/Reuters

Maia aumentou a sua movimentação na tentativa de construir alianças para pleitear uma vaga na disputa. Mantém conversas com PP, Solidariedade, PSD, PR, PRB, PSDB e até com parte do MDB, de Michel Temer.

Tentando demonstrar força e vitaminar o nome de Maia, Efraim Filho disse que o nome de Maia é "ideal", mas que a legenda vai aguardar a convenção para dar espaço para todos se posicionarem.

Efraim ainda aproveitou para cutucar os tucanos, velhos aliados de chapa. "O grande trunfo que temos é a coesão interna. Diferentemente de outros, como o PSDB, o DEM levará um candidato de consenso à corrida eleitoral", disse o deputado em entrevista ao correio Braziliense.

Ele disse que os tucanos até hoje divergem entre Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como a melhor escolha para representá-los.

Utilizando a estratégia adotada pelos partidos da direita conservadora de se dizer "alternativa de centro", Efraim disse que a possível candidatura de Maia é um nome, mas um conceito.

"Maia acompanha todos os desdobramentos e entende que a candidatura dele não é de um nome, mas de um conceito. A ideia é ter alguém de centro, agregador, que seja capaz de unificar o país e atravessar esse clima de instabilidade", disse Efraim.

ACM Neto foi mais longe. Após encontro com Maia e o governador Paulo Hartung (MDB-ES), disse que o capixaba seria o vice na chapa de Maia.

Temer

Em entrevista o Estadão, Michel Temer disse que a movimentação de Maia era muito boa para a sua reeleição como presidente da Câmara. Ele também disse que Alckmin era o candidata ideal para 2018 e que prefere que Henrique Meirelles – ministro da Fazenda que já demonstrou interesse em se candidatar pelo PSD – quietinho na equipe econômica do governo.

Nos últimos dias, as divergências entre Maia e Meirelles ganharam as manchetes demonstrando a rivalidade que existe nos bastidores.