Foro de São Paulo conclama apoio à vitória da oposição em Honduras 

A Secretaria Executiva do Foro de São Paulo emitiu nota em que conclama às autoridades a reconhecerem a vitória dos oposicionistas Salvador Nasralla e Xiomara Castro nas eleições presidenciais no domingo (26). O Foro considera o resultado eleitoral um ponto final nas políticas que causaram sofrifrento ao povo hondurenho após o golpe de 2009.

Nasralla em Honduras

O candidato Juan Orlando Hernadéz Alvarado, do Partido Nacional e apoiado pelos golpistas de 2009, declarou-se eleito na segunda-feira (27), em uma clara ação de tentar impor uma fraude eleitoral mesmo antes do tribunal Supeior Eleitoral se manifestar oficialmente. 

O posicionista Nasralla, que é um ex-apresentador de televisão e entrou na política em 2011. Fala com desenvoltura à população, se beneficiou com sentimento dominante de repúdio à corrupção do governo do Partido Nacional, que inicialmente não aceitava nem fiscais internacionais para eleição.

Manuel Zelaya, ex-presidente que sofreu um golpe em 2009 e que promoveu ações inclusivas com políticas sociais que levaram a elite do país a tira-lo do poder, volta a fazer parte do governo.

Leia a seguir na íntegra da nota do Foro de São Paulo: 

“Desde o golpe de estado em 2009 contra o presidente Manuel Zelaya, governos comandados pela direita implementaram políticas de cunho antissocial e repressivas, com sucessivos ataques contra os direitos do povo de Honduras e seus líderes, em mais uma ofensiva neoliberal contra a nação latino-americana.

Nessas últimas eleições, cidadãs e cidadãos de Honduras elegeram o representante da Aliança de Oposição Contra a Ditadura, decidindo assim colocar um fim nas políticas que causaram sofrimento nos últimos 8 anos, e que saqueiam constantemente o país.

Devido a situação vivida por Honduras nos anos recentes, com o histórico de ilegalidades por parte dos governos, é importante que as autoridades eleitorais reconheçam a vitória de Nasralla e da Aliança, finalizando o processo eleitoral e garantindo a devida segurança jurídica que a situação demanda e, por fim, respeitando a vontade popular.

Esta é uma vitória do povo de Honduras e de toda a região latino-americana e caribenha”.