PCdoB anuncia candidatura à presidência da República

Hoje (8), às 15h30, acompanhe nas redes sociais do PCdoB a entrevista coletiva onde Luciana Santos, a presidenta nacional do partido anunciará a candidatura de Manuela D’Avila às eleições presidenciais de 2018.

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A divulgação prévia da candidatura teve ampla repercussão na imprensa e nas redes sociais. No blog O outro lado da notícia, o jornalista e escritor Osvaldo Bertolino destaca que o lançamento da candidatura preenche uma lacuna no campo democrático e progressista, e sua repercussão é prova disso.

Entre os dias 17 e 19/11, o partido realiza seu 14° Congresso Nacional. No processo de conferências que precederam o congresso, dirigentes do PCdoB já haviam se manifestado sobre a importância da candidatura. Na Conferência Estadual de São Paulo, realizada em 21/10, Luciana afirmou que “o pensamento de esquerda não pertence a um só partido. Por isso, queremos apresentar a nossa pré-candidatura à presidência da República para ser porta-voz da frente ampla e das nossas ideias para a população brasileira”.

Antes disso, em 07/10, na Conferência Municipal de Campinas, Orlando Silva, presidente estadual do PCdoB de São Paulo, afirmou que “o fim das coligações em 2020 vai impor novos desafios ao partido e as candidaturas próprias nas três esferas do Executivo serão mais um campo de batalha política em que teremos que atuar”.

Na Conferência Municipal de Guarulhos, realizada em 01/10, Rovilson Britto, vice-presidente estadual, disse que “a importância da candidatura própria é podermos verbalizar as ideias e promover o debate político sob a nossa ótica, divulgando as nossas opiniões, e assim unir um conjunto de forças, numa frente ampla em defesa da democracia, da soberania e do povo; para isso, o PCdoB é imprescindível”.

Em texto publicado no portal Vermelho, em dezembro/2016, o jornalista Carlos Pompe informa que “o Partido Comunista já lançou, anteriormente, candidato próprio à Presidência da República. Em 1929, apenas sete anos após ter sido fundado, apresentou, através do Bloco Operário e Camponês, a candidatura do operário negro Minervino de Oliveira para presidente da República. Foi o primeiro candidato operário à chefia da nação.

Na eleição de 1945, o Partido, que recém conquistara a legalidade, apresentou Yedo Fiúza como candidato a presidente. Ele angariou mais de 569 mil votos (quase 10% do eleitorado). Ocupou o 3º lugar em 27 dos 28 estados/territórios, obtendo ainda a 2ª colocação no então Território de Fernando Noronha, e uma única vitória sobre Dutra (vencedor da eleição), no Território do Rio Branco. Em maio de 1947 o registro do Partido foi cassado arbitrariamente pelo Tribunal Superior Eleitoral e só foi reconquistado 38 anos depois, com o fim da ditadura militar”.