Tribunal bloqueia veto de Trump contra militares transgêneros

O presidente dos EUA tinha proibido pessoas transexuais de servirem "em qualquer especialidade" militar, mas uma juíza federal bloqueou sua decisão por considerá-la um juizo pessoal e desprovida de real preocupação com o exército 

protestos contra o veto de trump - Reuters

Uma juíza federal de Washington bloqueou na segunda-feira (30) o veto de Donald Trump contra militares transexuais, atribuindo uma vitória aos membros das Forças Armadas norte-americanas que acusaram o Presidente de violar os direitos constitucionais com sua decisão.

Trump anunciou no final de julho de 2017 a decisão de proibir pessoas transgênero de servirem "em qualquer instância" militar dos EUA. Em agosto deu-se entrada a um processo por parte de requerentes não identificados para tentar bloquear essa decisão.

Agora, a juíza Colleen Kollar-Kotelly concordou que a medida do presidente não foi “baseada genuinamente nas preocupações legítimas relativas à eficácia militar ou restrições orçamentais, mas, em vez disso, foi conduzida pelo desejo de expressa desaprovação em relação à pessoas transgênero em geral”, cita a Reuters.

O presidente norte-americano ordenou ao Pentágono que suspendesse o recrutamento de pessoas transgênero e também o pagamento de tratamento hormonal aos que já estão nas Forças Armadas, cujo futuro profissional está agora incerto.

As Forças Armadas dos EUA foram abertas "com efeito imediato" aos transexuais em junho de 2016, por uma decisão do ex-presidente Barack Obama.

O número de militares transgênero nas Forças Armadas norte-americanas variava, em 2016, entre 1300 e 6600, totalizando 1,3 milhões de militares, de acordo com um estudo encomendado pelo Pentágono.