Delação de Joesley contra Dilma e Lula é incomprovável, diz procurador

"A história dele é incomprovável. Pedimos documentos para comprovar, e não veio nada", afirmou o procurador, que enfatizou que se Joesley não comprovar seus depoimentos, o acordo de colaboração pode ser "revisto".

Joesley disse que os ex-presidentes teriam recebido, ou seja, que ele "pagou" US$ 150 milhões em propina em contas no exterior. Mas a versão vitaminada por setores do MP e pela grande mídia não tem nenhuma base fática.

"O dinheiro saía do Brasil e ia para essas contas no exterior, mas não voltava ao país para fazer as doações. Segundo ele mesmo, o dinheiro das doações não saía dessa conta", contou o procurador em entrevista ao site UOL.

Para não ser preso, Joesley disse à Procuradoria que Lula e Dilma tinham uma conta no exterior. No entanto, as contas forma abertas, administradas e mantidas por ele e que quando fazia "doações ao PT", "descontava" o valor correspondente desta conta.

"Ele diz que as contas teriam recursos em favor dos ex-presidentes, mas as contas estavam em nome do próprio Joesley. Era ele quem operava as contas", completou.

No primeiro momento, a imprensa deu destaque para o fato, como se as contas fossem secretas e abertas com a anuência de Lula e Dilma. Porém, após a divulgação do conteúdo das delações, ficou evidente que se tratava de apenas um indício vitaminado por alguns setores do MP. Tanto Lula como Dilma rebateram as ilações e e reafirmaram que a tal conta nunca existiu.

"Ele [Joesley] diz que as contas teriam recursos em favor dos ex-presidentes, mas as contas estavam em nome do próprio Joesley. Era ele quem operava as contas", disse o procurador.

"Primeiro, ele disse que Guido Mantega havia falado que os dois sabiam das contas e viam os extratos. Depois, ele disse que teve conversas tanto com Lula quanto com Dilma sobre essas contas. Mas, até agora, só temos a palavra dele", acrescentou.