Ato e vigília em defesa dos ocupantes da Câmara de São Paulo

Neste momento, na frente da Câmara Municipal de São Paulo, está acontecendo um ato em solidariedade aos ativistas que ocuparam o plenário da casa nesta manhã. Evento organizado pela UEE/SP (União Estadual dos Estudantes) no facebook convoca para uma vigília, logo após o ato, a fim de evitar que a Polícia Militar retire os ocupantes com violência desnecessária, porém costumeira.

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Por volta das 11 horas, um grupo com cerca de 100 ativistas ocupou o plenário da Câmara contra o pacote de privatizações que João Dória (PSDB) quer implantar, e em defesa ao direito ao passe-livre estudantil que o prefeito quer restringir. Segundo os manifestantes, tais mudanças prejudicam a vida das famílias carentes e as atividades estudantis. Assim que a notícia se espalhou, entidades sindicais, movimentos sociais e a população em geral iniciaram uma concentração na frente da Câmara em apoio aos ocupantes.

Segundo Lucas Demétrio, que está no plenário neste momento, a Câmara foi ocupada contra o pacote de privatizações que está sendo lançado pelo prefeito de São Paulo sem ter discutido com a população. Para ele, “as audiências na câmara são pontuais, não envolvem a população e não permitem que os trabalhadores acompanhem”. Os manifestantes querem que sejam realizadas audiências públicas nas subprefeituras para debater o assunto e são contra os cortes no passe-livre estudantil, pois vão impedir o deslocamento dos estudantes. Além das audiências propõem a democratização do debate sobre a necessidade do pacote de privatizações através da realização de um plebiscito.

O vereador Eduardo Suplicy (PT) atuou em defesa dos manifestantes e conseguiu que um grupo fosse recebido pela presidência. Segundo Suplicy, estão mantidas as audiências sobre os diversos projetos de privatização, porém, na próxima terça-feira, na reunião de líderes, será discutido um projeto de lei para a realização do plebiscito. O vereador conversou com vários vereadores e acredita que a maioria considera apoiar o pedido. Ele também afirmou que assim que o projeto final de privatizações for encaminhado para a Câmara será realizada uma audiência pública durante todo o dia, num sábado.

Lucas afirma que os ocupantes estão conversando com os vereadores, mas que o presidente da casa, Milton Leite (DEM) não aceita o diálogo. As 15h44, a presidência divulgou nota informando “que não vai negociar com os manifestantes até que haja desocupação do Plenário.” As entradas da Câmara estão fechadas e diversas viaturas da PM e da Guarda Civil estão no local. Devido ao cerco policial não é possível apurar a totalidade das entidades e movimentos representados pelos manifestantes.