Manobra em substituir deputados na CCJ aumenta crise do governo

A manobra do governo de substituir membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, para tentar barrar a denúncia contra Michel Temer por corrupção passeva, provocou a indignação de parlamentares que se manifestaram durnate a sessão.

Comissão de Constituição e Justiça - Agência Câmara

Trocado pelo PR, o deputado delegado Waldir (PR-GO) afirmou que tinha sido substituído de forma injusta e que soubera pela imprensa, por votaria contra o governo.

"Esse governo é um lixo! É nojento! É um governo de bandido, já acabou", disse o deputado.

"É a tropa do cheque não de choque", emendou o deputado Major Olímpio (SD-SP), que também era titular na comissão e virou suplente por sua notória posição pelo afastamento de Temer.

No total, foram trocados pelo governo oito membros titulares por parlamentares determinados a votar a favor de Temer. A substituição na comissão só agrava a situação do governo na votação em plenário. Ou seja, se a situação já eé tensa para barrar a denúncia na CCJ, imagine no plenário.

Requerimentos

Antes da leitura do parecer do relator Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), a sessão foi marcada pela apresentação de requerimentos e questões de ordem por parte de membros da oposição.

Com pressa, a base aliada do governo gritava: "Olha o tempo, presidente!". A pressão contra o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), para que indeferisse os pedidos da oposição.

Pacheco indeferiu os pedidos apresentados pelo deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) de convidar o procurador-geral Rodrigo Janot.

"Não é cabível essa opção (de convidar Janot). E a defesa oral (do advogado de Temer) está prevista no Regimento da Casa", disse Pacheco.