Mulheres farão ato pelas Diretas e por Direitos

Em evento convocado pelas redes sociais, mulheres trabalhadoras, estudantes e aposentadas, organizadas e não-organizadas, entidades e movimentos feministas chamam um Ato das Mulheres pelas Diretas e por Direitos, no largo do Arouche, em São Paulo, neste domingo (11/06). Dentre as artistas que já confirmaram presença estão Pitty, Tulipa Ruiz, Ana Cañas, Tati Botelho, Luana Hansen, Maria Gadu e MC Soffia.

mulheres por diretas - Divulgação

A organização divulgou um manifesto e quer que todas e todos ocupem São Paulo contra o governo ilegítimo de Michel Temer e sua agenda ultraliberal de defesa dos patrões e ataque aos direitos das trabalhadoras e os trabalhadores. O objetivo é reforçar as lutas contra as reformas golpistas da Previdência e Trabalhista.

Manifesto das Mulheres por Diretas e por Direitos

Porque somos contra um presidente ilegítimo e contra um congresso que não nos representa.
Porque queremos mais democracia e mais participação popular.
Porque a população tem o direito de escolher e as diretas são o único caminho para isso.
Porque nós, mulheres, somos maioria da população e temos nossos direitos violados diariamente.
Porque juntas somos mais fortes e defendemos as seguintes posições:

Eleições gerais Diretas Já!
– Contra a reforma trabalhista que prejudicará especialmente as mulheres aumentando sua precariedade e vulnerabilidade
– Contra a reforma da previdência que dificulta a aposentadoria principalmente para as mulheres por conta de uma divisão do trabalho perversa
– Pela revogação da PEC 55/2016 que congela os investimentos públicos na Saúde, Educação e Assistência Social por 20 anos
– Contra a PEC 29/2015 que veta o aborto legal (em casos de risco de vida à gestante, estupro e/ou anencefalia); pela legalização do aborto e regulamentação de sua prática no serviço público de saúde (SUS)
– Combate à todas as formas de violência contra as mulheres e fim da cultura do estupro
– Pelos direitos e visibilidade da população LGBT, contra a LGBTfobia e contra o assassinato da população trans
– Pelo fim do genocídio da juventude negra
– Por uma nova política econômica voltada para a sustentabilidade da vida humana
-Pelo exercício pleno do direito à saúde, educação e moradia popular.

Assinam: Organizações, movimentos, entidades feministas e feministas autônomas.