China tem boa perspectiva de crescimento econômico

Muitos economistas acreditam que, apesar da pressão para baixo e incertezas, a perspectiva econômica da China permanece positiva.

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Para aviliar o desempenho econômico, o crescimento não é o único termômetro e também devem ser consideradas a qualidade, estrutura, força e o espaço de crescimento, segundo um artigo publicado pelo Diário do Povo, citando o comentário de Guo Tongxin, do Departamento Nacional de Estatísticas (DNE).

"Uma desaceleração de alguns indicadores econômicos, como o crescimento comercial, intensificou a pressão para baixo da China quando a economia está enfrentando crescentes incertezas devido a riscos de inflação, supervisão financeira e de regulamentação imobiliária", disse Jiang Chao, da Haitong Securities.

Um número de economistas chineses acreditam que a estabilização econômica é uma tendência irreversível e que o país é capaz de manter o crescimento de média e alta taxa por um longo prazo no futuro.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 6,9% no primeiro trimestre deste ano, 0,2 ponto percentual mais alto que no mesmo período do ano passado e 0,1 ponto percentual mais alto que no trimestre anterior. É o sétimo trimestre consecutivo em que a China manteve o crescimento econômico entre 6,7% e 6,9%, um bom exemplo de sua estabilidade econômica.

"A qualidade de crescimento também foi otimizada em termos de emprego, preços ao consumidor e renda pessoal", assinalou Guo.

Cerca de 4,65 milhões de novos empregos foram criados na China nos primeiros quatro meses do ano, 220 mil mais que no mesmo período de 2016, segundo o porta-voz do DNE Xing Zhihong, que descreveu a situação do emprego da China como "boa e estável".

O índice de preços ao consumidor aumentou 1,4% nos primeiros quatro meses do ano, bem abaixo da meta governamental, de 3% para o ano. A renda disponível real per capita dos chineses, após a inflação, subiu 7% no primeiro trimestre, superando a taxa de 6,9% do crescimento do PIB no período.

Nos primeiros quatro meses, a reforma estrutural no lado da oferta foi impulsionada como esforço para reduzir a produtividade excessiva, baixar o estoque, desalavancagem, cortar custos e fortalecer conexões fracas obteve novo progresso.

Até o final de abril, o país conseguiu cortar a capacidade de 31,7 milhões de toneladas de aço e ferro e 68,97 milhões de toneladas de carvão, representando 63,4% e 46% das metas anuais, respectivamente. Enquanto isso, o estoque de imóveis caiu 7,2% nos primeiro quatro meses, uma queda maior que a de 6,4% no mesmo período de 2016.

A taxa de alavancagem de grandes empresas industriais ficou em 56,2% até o final de março, uma queda anual de 0,7 ponto percentual. O custo médio para essas empresas foi de 85,25 yuans (US$ 12,4) por cada 100 yuans da receita do negócio principal, 0,15 yuan a menos que no mesmo período do ano passado.

Para fortalecer as conexões fracas, os investimentos em proteção ambiental, instalações públicas e gestão de recursos hídricos aumentaram 50,4%, 28,4% e 16,1% respectivamente, nos primeiros quatro meses, todos mais que a taxa média de crescimento em investimento.

"Enquanto a estrutura econômica da China está melhorando, nova força de crescimento também está se formando", comentou Guo. Sendo um importante impulso ao crescimento, o consumo contribuiu com 77,2% do aumento do PIB no primeiro trimestre.

O setor de serviços cresceu 7,7% em termos anuais, mais rápido que a de 3% em agricultura e 6,4% na indústria secundária, e representou 56,5% da economia chinesa. O vigor econômico também é estimulado por nova tecnologia, urbanização, empreendedorismo e emergente economia de compartilhamento, segundo Guo.

A China também está impulsionando estavelmente a Iniciativa do Cinturão e Rota, o desenvolvimento coordenado da região Pequim-Tianjin-Hebei assim como programas relacionados com o cinturão econômico do Rio Yangtze e a Nova Área de Xiongan, que fornecerá um amplo crescimento.

Os últimos dados reforçam as ideias de que uma economia estabilizada dará ao governo chinês mais cartas para conter os riscos de dívida e financeiros. Muitos economistas acreditam que a China colocou uma base sólida para realizar sua meta econômica para o ano inteiro, de cerca de 6,5%.