Unicamp debate implantação de política de cotas

Em junho de 2016, a Faculdade de Educação aprovou o Programa de Cotas Étnico-raciais e para Pessoas com Deficiências, que foi implantado na seleção para os cursos de mestrado e doutorado de 2017. O Consu vai debater a implantação do sistema de cotas para ingresso nos cursos de graduação em toda a Universidade. A política de cotas é uma ação afirmativa e reparatória aos descendentes de milhões de pessoas nascidas na África e trazidas para o Brasil na condição de escravos.

Para João Raimundo Mendonça (Kiko), um dos coordenadores do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp, a aprovação das cotas na Unicamp, principalmente nesta conjuntura de retirada de direitos, é simbólica. “Na universidade de Campinas, uma das maiores universidade do país, sempre houve um foco de resistência à política de cotas, por isso é importante que toda a comunidade participe do ato”, afirma.

Segundo o reitor Marcelo Knobel, a reunião do Consu vai tratar da política de ingresso no Vestibular Unicamp, a partir de 2019. A ideia é criar um novo Grupo de Trabalho (GT) para ampliar a discussão sobre a implementação progressiva das cotas étnico-raciais. Um primeiro GT, criado pela reitoria no ano passado, promoveu três audiências públicas e produziu um relatório recomendando a adoção das cotas. O relatório foi encaminhado ao Consu e, posteriormente, discutido nas unidades de ensino e pesquisa. Agora o resultado de toda essa discussão será levado para a decisão final do conselho. A reunião do Consu também vai debater a criação de uma Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade.

Durante todo o dia de hoje está acontecendo um Festival pelas Cotas organizado pelo Núcleo de Consciência Negra da Unicamp e Frente Pró-Cotas. Confira a programação em: https://www.facebook.com/NucleoDeConscienciaNegraUnicamp/photos/gm.505210803167224/759910904182903/?type=3&theater

Com informações do STU, site da Unicamp e página no face do Festival pelas Cotas.