FMI pede a Alemanha para elevar salários e diminuir impostos

No balanço provisório que elabora anualmente o FMI, o organismo recomendou à nação alemã que realize fortes elevações nos salários, para com isso estimular o alta dos preços na Eurozona, e facilitar a normalização da política monetária.

Segundo o Fundo, um longo período de moderação salarial, ocasionará uma baixa inflação em Alemanha, o qual repercutirá diretamente nas condições monetárias da Eurozona, com riscos para a estabilidade financeira da região.

Exortou, também, a utilizar a margem de manobra financeira em melhorar o potencial de crescimento como investimentos em infraestrutura, digitalização, cuidado de meninos, integração dos refugiados e a redução do ônus tributário sobre o trabalho.

Mas estas recomendações do FMI não foram recebidas de bom grado pelo governo da Alemanha e a porta-voz do Ministério de Finanças, Friederike von Tiesenhausen, assinalou que estas nem eram novas, nem tinham em conta a realidade.

Friederike defendeu que seu país tem “emprego recorde” e tem feito aumentos salariais acima da média, assegurou também que conta com um sistema de bem-estar social eficiente, o terceiro dos países industrializados depois da Áustria e da Bélgica.