PCdoB-CE repudia violência por Guardas Municipais a cidadãos

Em nota, a direção estadual do PCdoB cearense se solidariza com o vendedor de côcos Wenderson Gomes, e com o historiador Edilson Cavalcante Fialho, que foram vítimas de agressões cometidas por supostos guardas municipais no último domingo (07). Leia a seguir a íntegra do documento:

Nota de solidariedade a Wenderson Gomes e Edilson Cavalcante Fialho, vitimas de violência por parte de integrantes da Guarda Municipal de Fortaleza

O PCdoB-CE manifesta a sua mais irrestrita solidariedade ao vendedor de côcos Wenderson Gomes, vítima de violência em seu ambiente de trabalho (quiosque em frente ao antigo restaurante Tia Nair na Praia de Iracema) e ao historiador Edilson Cavalcante Fialho, que agiu contra a injustiça e acabou se tornando mais uma vítima do arbítrio, no último domingo, 7/5/2017, por volta das 17h. 

Sob o pretexto de retirar do local o pequeno comerciante, supostos fiscais da prefeitura, alguns sem qualquer identificação, acompanhados de guardas municipais, mesmo sendo informados pelo vendedor que possuía todas as licenças e documentos necessários para trabalhar no local, agiram de forma atabalhoada e violenta, demonstrando total falta de qualificação e preparo para a abordagem.

Em seguida, para piorar, mesmo depois de o vendedor ter concordado em deixar o local e já estar reunindo seus pertences para se retirar, os integrantes da Guarda Municipal incorreram em crimes de abuso de autoridade e agressão, desferindo socos contra o cidadão indefeso.

Para completar o quadro de arbitrariedade, que vai se tornando comum nesses tempos pós-golpe, outro cidadão, Edilson Cavalcante Fialho que saboreava uma água de côco com sua esposa, foi também agredido de forma injustificada pelos agentes da Guarda por ter gravado a cena e se negado a entregar o seu celular, sendo atirado ao chão, algemado como se fora um criminoso de alta periculosidade, tendo seus movimentos limitados e sendo conduzido, juntamente com o referido trabalhador, ao Segundo Distrito Policial, onde permaneceu durante algumas horas.

A utilização de violência verbal e física, covarde e desnecessária, por parte de integrantes da Guarda Municipal, pagos pelos contribuintes, para defender o patrimônio público, não pode ser aceita e deve ser repudiada por todos e coibida pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, responsável, em última instância, pela ação de seus servidores.

Exigimos imediata apuração do caso, esclarecimentos e providências dos órgãos de disciplina e correção, da Guarda Municipal e da Prefeitura de Fortaleza, além de medidas de reparação aos cidadãos prejudicados em seu direito de ir e vir, de trabalhar e de viver.

Fortaleza, 8 de maio de 2017
Partido Comunista do Brasil – PCdoB/CE