Estudante Mateus, agredido em ato, sai da UTI e já consegue respirar 

O estudante da Universidade Federal de Goiás (UFG) Mateus Ferreira da Silva, 33 anos, agredido por um policial militar durante o protesto da Greve Geral no dia 28 de março, em Goiânia (GO), foi transferido da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para um leito de enfermaria. 

Estudante Mateus, agredido em ato, sai da UTI e já consegue respirar - Reprodução/Arquivo Pessoal

De acordo com um boletim médico divulgado pelo Hospital de Urgências de Goiânia (Gugo), o jovem está com quadro de saúde estável, respira sem ajuda de aparelhos e já está falando. O estudante, que ficou 11 dias na UTI, sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas.

Mateus, que morava em São Paulo e mudou-se para Goiânia para estudar, participava da Greve Geral contra as reformas trabalhista e previdenciária do Governo Temer, quando levou um golpe na testa do capitão da Polícia Militar Augusto Sampaio de Oliveira Neto, que foi afastado dos patrulhamentos de rua e ficará exercendo funções administrativas enquanto o inquérito instaurado para apurar a conduta do oficial não é concluído. O período para conclusão de averiguação é de 30 dias.

Veja cenas do estudante sendo agredido pelo policial:


Em nota, a Universidade Federal de Goiás (UFG) repudiou a violência contra o estudante de Ciências Sociais e cobrou das autoridades goianas a adequada apuração dos fatos e punição aos responsáveis.

Movimentos sociais e amigos de Mateus promoveram vigílias em frente ao hospital durante a semana passada, cobrando justiça dos órgãos públicos e prestando solidariedade à família. Na foto abaixo, estudantes da UFG saem às ruas de Goiânia reivindicando celeridade nas investigações.