Decreto de Trump que veta entrada de muçulmanos é suspenso

Dois juízes dos Estados Unidos deferiram medidas cautelares para suspender a nova ordem da administração estadunidense que vetava a entrada no país de imigrantes de seis nações de maioria muçulmana: Iêmen, Síria, Irã, Sudão, Líbia e Somália.

Trump assina decreto na Casa Branca

Nesta quinta-feira (16), o juiz distrital Theodore Chuang de Maryland, Virginia, suspendeu a ordem que entraria em vigor neste mesmo dia. Na quarta-feira (15), o juiz distrital Derrick Watson, do Havaí, também emitiu uma liminar de suspensão. O presidente Donald Trump disse que vai recorrer à Suprema Corte.

Em um evento em Nashville para seus apoiadores, Trump comentou a decisão do juiz do Havaí e disse que a decisão dele “extrapola” o campo judicial e faz os Estados Unidos “parecerem um país fraco”.

Mas ambos juízes usaram em seus pareceres o argumento de que a nova ordem fere o princípio da liberdade religiosa. Segundo Watson, um “observador sensato” poderia concluir que o decreto presidencial foi emitido com “o propósito de desfavorecer uma religião em particular”.

O juiz de Maryland considerou que ordem pode instigar a divisão no país. Além das duas ações julgadas, uma outra foi impetrada no estado de Washington e deve ter uma decisão proferida em Seattle. As ações foram movidas por entidades de apoio à refugiados e pela União Americana de Liberdades Civis.