Sindicalistas convocam para protestos contra reforma da Previdência

A proposta de reforma da Previdência Social de Michel Temer fortaleceu a unidade entre as principais centrais de trabalhadores do país. Nesta quarta-feira (15), essas entidades se unem aos movimentos sociais e às frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo para dizer não à Proposta de Emenda Constitucional 287/16, que trata da reforma. Dirigentes de diversos estados do Brasil convocam para os protestos. 

Ato contra a reforma da previdencia no maranhão

“A mudança na Constituição proposta pelo governo golpista terá forte impacto sobre toda a população, especialmente os jovens trabalhadores (que deverão contribuir 49 anos para conseguir se aposentar com benefício integral), os idosos, os trabalhadores e trabalhadoras rurais e as mulheres”, explicou Joel Nascimento, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-MA), o evento faz parte da ampla jornada de lutas organizada para combater os ataques do governo ilegítimo de Michel Temer.

 
Na opinião do presidente da Nova Central, José Calixto Ramos, o governo de Michel Temer promove um desmonte dos direitos dos trabalhadores e precariza e destrói a Previdência Social e a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). “O objetivo é beneficiar apenas o capital financeiro e os patrões. Para que isso não aconteça, faça sua parte e participe ativamente no dia 15 de março do Dia Nacional de Paralisações e Manifestações”, orientou Calixto.
 
Em Sergipe, a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB nacional, Ivânia Pereira, afirmou que o governo tem que enxergar que existe desigualdade entre homens e mulheres na sociedade, nas relações de trabalho e na vida familiar, e, portanto, eles não podem ser tratados como iguais. “Por tudo isso, todos os desempregados e os jovens, que ainda vão entrar no mercado trabalho, devem se posicionar e ir à luta para derrotar esses projetos que são tão nefastos para toda a sociedade”, enfatizou.
 
Odair Rogério da Silva, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Santa Catarina (CTB-SC), assegurou que “a mobilização está grande em nosso estado”. Ele afirmou que a unidade do movimento sindical com estudantes e a sociedade civil organizada promete uma paralisação “para mostrar que a classe trabalhadora não está para brincadeira”.
 
“Esse governo não tem legitimidade para fazer isso [as reformas]. Esse projeto não foi eleito. Os financiadores do golpe queriam exatamente isso. As reformas da Previdência e trabalhista só melhoram as coisas para os lucros dos empresários. Vai ser a desgraça da classe trabalhadora”, afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de São Paulo, Douglas Izzo. Para ele não há nenhuma possibilidade de diálogo quanto à proposta. “Não há possibilidade de melhorar o projeto. Ele é péssimo para o povo brasileiro e precisa ser retirado”, completou.
 
“Estamos juntos com as centrais sindicais nesta luta de resistência contra as propostas do governo que tiram direitos e penalizam os trabalhadores. A trabalhista segue a pauta da CNI (Confederação Nacional da Indústria). A previdenciária vai inviabilizar a aposentadoria e reduzir o valor dos benefícios. Vamos denunciar os deputados federais que votarem contra os trabalhadores”, afirma Miguel Torres, presidente da CNTM e vice-presidente da Força Sindical.