Rafael Correa denuncia opositores por atentarem contra seu governo

O presidente do Equador, Rafael Correa, falou em cadeia nacional nesta terça-feira (7) sobre o complô de seus opositores para tentar desestabilizar seu governo às vésperas das eleições presidenciais, que acontecem em 19 de fevereiro.

Rafael Correa - Presidência do Equador

Em entrevista à TV Pública de seu país, Correa denunciou a convergência de grupos com poder econômico, político e midiático para desestabilizar seu governo e interferir no resultado das eleições presidenciais. Como aconteceu no Brasil, no Chile e na Argentina recentemente, no Equador estes setores também emplacaram campanhas midiáticas “contra a corrupção” e fazem uma série de acusações, às vésperas do 1º turno, porém até agora sem provas.

Segundo Correa, seus opositores acusam o governo de não avançar nas investigações sobre casos e corrupção envolvendo a empresa petroleira nacional, Petroecuador, e a Odebrecht. Para o presidente, a mídia local está fazendo uma cobertura parcial dos fatos porque até o momento, membros de sua coalizão política, a Aliança País, não foram citados na investigação, no entanto, não há notícias sobre isso na imprensa do Equador.

Com relação ao casos específico da Odebrecht, o presidente disse que há um processo de investigação em curso e espera que os envolvidos sejam identificados rapidamente. Esclareceu ainda que, para acelerar a elucidação do caso, pediu assistência penal do Brasil e do Ministério Público do Equador.

Eleições 

O 1º turno das eleições presidenciais acontece no próximo dia 19 de fevereiro. Correa tenta emplacar seu sucessor, o ex-vice-presidente Lenín Moreno, cuja principal proposta é dar continuidade à Revolução Cidadã, iniciada em 2007 pela Aliança País.

Do outro lado estão Cynthia Viteri e Guillermo Lasso, ambos representantes de um projeto de governo neoliberal que busca romper com os anos de avanço conquistados pela Revolução Cidadã. A candidata se orgulha de nunca ter votado a favor de nenhuma proposta do poder executivo e ter sido contra a campanha pela retirada de uma base militar norte-americana do país.